Por: Joaquim Tiago
O mundo esta sobre a lei do sacrifício.
Desde que o homem escolheu a morte, desde que o homem preferiu ser independente e agir por sua conta e risco estabeleceu-se um principio do sacrifício na terra, a começar por sobreviver do seu suor e esforço, com a natureza sempre foi assim.
A relação aqui é mudada drasticamente, de semelhante passa-se a viver com sua imagem e dela sente muita vergonha a ponto de saber que esta nu aos olhos do próprio Criador.
Esse é o inimigo do homem, o sacrifício e a morte, e esse é um inimigo real que nos ronda e que nos faz sofrer de medo descontrolado nos tornando (hiper) ansiosos. Se existia o sentimento de ansiedade com os primatas em relação a fome, com medo da falta e se essa falta os levou a elaborarem técnicas de conservação para ter na dispensa comida, hoje o homem se especializou nessas técnicas.
A vida se tornou a própria ansiedade. Vivemos com a idéia do medo e do antisacrifício. Somos tecnicamente preparados para preservar a própria vida, não sabendo que assim nos enganos e a perdemos. Quando enfrentamos o sacrifício ou ele nos desafia para uma luta sempre será contra nós mesmo, contra nossa vontade de não morrer em vida. Você entende essa questão?
Em favor de que você fará um sacrifício nesse mundo do medo e da ansiedade descontrolada? Sempre que nos deparamos com esta idéia será conceituado a nosso favor, fazemos os sacrifícios a nosso favor seguindo a ordem natural de um sistema do preserva-se, para estarmos “melhores”, mais bonitos e contra a concorrência.
Assim não vivemos para sermos quem somos, mas para parecermos com o que devemos ser num contexto neurótico do medo de morrer em própria vida cotidiana. A morte do eu é o sacrifício evitado e sua preservação é o sacrifício cultuado!
Se não chamamos atenção ou se não somos de certa forma admirados, quem somos então? Assim a técnica do sistema e a ordem deste mundo de idéias se chamam individualismo. É a sensualismo dos sentidos mais efêmeros que temos prendido ao julgamento do que entendemos como o melhor ou a melhor maneira de ser ou de viver. Viver de aparências pra ter vida, o que na verdade em vida pode caracterizar uma morte terrível.
Nos sacrificamos ou preferimos o sacrifício para tentarmos viver e morremos, tentamos ganhar a vida com a morte viva do ser. Somos independentes e isolados num contexto neurótico do medo, e do pânico. Passamos a desconfiar de todos e jogamos sob interesses que nos escravizam.
E se sacrificássemos esses medos?
O apóstolo João nos fala que o amor lança fora todo medo (I Jo 4.18). O amor é, e sempre foi sacrifício ao outro a quem amamos ou ao que amamos. Quem ama, ama alguém ou alguma coisa. Segundo o apóstolo ninguém tem maior amor do que esse - o de entregar a própria vida em favor do seu amigo (I Jo 3.16). Nesse sacrifício a vida na morte vivida. É como uma semente que morre para que nasça uma arvore enorme.
Pessoas estão vivendo com medo da morte e tentando se preservar tecnicamente com consumismo desenfreado dessa terra perdida. Cristo viveu sacrificando a própria vida para que eu e muitas outras pessoas tivéssemos vida e vida em abundância, ele que é o Mestre venceu a morte; e nós, como venceremos o medo da vida?
O Mestre da vida nos deixou uma lição belíssima e simples, o Reino do Céu é como uma semente pequena (Mt 13.31,32), como uma semente de mostarda, ela é a menor de todas as sementes, porém quando cresce se tornar uma arvore onde os pássaros podem morar.
No meu e seu coração podemos a começar fazer morrer pequenas sementes para que se encontre vida, pequenos gestos de gentileza. Gentileza com as viúvas, os órfãos, os velhinhos, consigo mesmo enfrentando a cobrança do egoísmo. De um sorriso para alguém sem cobrar algo em troca, use da identidade que você sendo um morto sacrificando a própria vida assim vive fazendo culto consciente.
Você não esta tentando se preservar, mas se doar como vida, como culto, como razão da existência nessa terra, sobrevivendo nesse sistema de aflições do poupa-te.
Vou repetir, o Mestre não poupou a sua vida, ele encontrou novamente a sua vida. Pare com a loucura neurótica, não tenha medo dos seus medos, não tenha medo da sua crise ansiosa, viva como se estivesse morto para si, enfrente o julgamento do egoísmo, a preservação da individualidade, abra a porta do seu coração para amizades sacrificantes.
Mesmo que você não tenha retorno, você saberá que amou sem medo de ser feliz!
Nenhum comentário:
Postar um comentário