quarta-feira, dezembro 19, 2007

DESESPERO

“(...) a angustia do nada espiritual reconhe-se precisamente pela segurança vazia do espírito. O próprio desespero é uma negação e a ignorância do desespero é outra.”

“Imagine-se um eu (e nada é, depois de Deus, tão eterno como o eu) e que esse eu se ponha a pensar na maneira de se transforma num outro (...).”

KIERKEGAARD, Sorem.
O desespero humano (doença até a morte);
pags. 217 e 223. Ed. Nova Cultura.


sábado, dezembro 08, 2007

SILÊNCIO


por: Joaquim Tiago

Um dia de angustia amanheceu em minha consciência e não sei mais o que fazer pra fugir dela. O sentimento que corre junto comigo e consegue me alcançar, fugirei e serei fuga de sabores experimentáveis.
A vida não é tão dolorida, as pessoas sabem causar dores uns aos outros, sabem como não viver. O dia vai e as conversas vem, vem falando de uma tristeza, de uma não alegria pregada sobre a ótica do imperfeito, da crise e de mudar para essa atmosfera do nunca, nunca que a vida tem satisfação e se tiver nos não queremos mais.
Nossa; quanta coisa pesada, pesado mais do que carregar os quilos adquiridos pelo medo, é...; um dia chama o outro e outro dia vamos tentar esquecer tudo isso, não é? Vamos tentar tomar nosso remédio matinal?
Olho pra minhas meias e lembro quando pude comprá-las, parece que sei quando foi, foi mesmo a um tempo, muito tempo que não sei mais se isso faz diferença. Que diferença faz, eu saber tanta coisa, tanto conhecimento adquirido, tantas palavras, tantos contos, histórias, construções do cotidiano, do meu cotidiano.
Valeu mesmo por aqueles que acreditaram ou que acreditam, valeu mesmo por toda confiança, eu continuarei lendo sobre a verdade, eu continuarei falando a verdade e um dia a verdade falara de mim, ela falara quem sou eu pra quem me revelei.
No caminho dum dia como este e como outro respiro fundo e sinto o ar de que a vida esta aqui e foi Deus que deu, vejo as coisas que ele criou, olho para algo que pode se renovar e renovação da graça, da pequena gota de água que ta ali e o vento ta soprando leve e sem muita força por aqui, depois de tudo que fizeram destruir e construir o progresso da mudança de vida que insistira pela vida eterna sem saber o que realmente é eterno. Sei o que é eterno, mas os que são eternos vão buscar coisas eternas ou eternidades passageiras da vida sem sentido.
Vou caminhado e meus passos me guiam por que estou sendo guiado, cada passo enfrenta os passados, os detrás das costas, por que vou enfrentado a frente, o que em frente vejo e percebo o que me dizem. O que me revela a vida que tenho, como motivação de sentimentos que correm comigo agora.
Será que devo fugir ou enfrenta-la? Ela esta rindo de mim agora, essa angustia desvalida, vou tentar rir dela. Mas entendê-la é o que me dói, é, ela quer que eu pare nesse trajeto todo! Quem sabe se devo descansar? Fico meio transtornado como penso nestas coisas, que coisas infindáveis e penso que eu não deveria ficar pensando.
Cansado como eu, não vou descansar! A luta é essa e a história faz parte! Enfrenta-la é minha resposta ao que me disseram. Cansei de ver o que me disseram, o que me dizem as pessoas que não querem que eu caminhe. Parem de ficar falando, teorizando sobre o que é essa caminhada, por que ela é minha. Posso lhe oferecer a mão para essa caminhada, para enfrentar-mos juntos ela, a angustia, vamos tentar juntos, você me puxa para trás, mas vou lhe puxar para frente, vamos pisar firme e renunciar as meias e os caçados por que eles desgastarão com passar dos passos, mas olhe para frente, para o que conquistamos, para o que nos mostra esse futuro deliberante sobre os ombros de quem enfrenta os próprios medos.
Vamos então nos calar, vamos silenciar e respirar, como forma de adoração. Vejo o doador dos planos. Pai, em tuas mãos estou e sobe teu governo eu vou, AMÉM!

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Pra Onde Iremos?

por: Joaquim Tiago

Vivemos um período de mudanças.
Qualquer mudança, em qualquer área, seja ela emocional, física ou filosófica nos leva a uma manifestação de ruptura. Passamos de um estado para outro.
A ação do deslocamento gera uma reação. Essa reação poder ser chamada de CRISE. A crise nos leva há busca de entendimento, conhecimento, definição e respostas. Segundo o dicionário filosófico ela nos obriga a nos decidir, ou decide em nosso lugar (COMTE. Dicionário filosófico, 2003).
Quando não há definição ficamos perdidos, vazios e angustiados. Reagimos então tentando preencher de outra forma. A reação sem significados e certeza gera uma outra grande dúvida e ficamos novamente deslocados ou se deslocando.
Vivemos em um período de constantes mudanças.
Qualquer mudança, em qualquer área, não pode ser feita em cima da dúvida. Passamos de um estado para outro e essa ação não deve gerar outra CRISE.
É preciso parar, pensar e buscar saber. Buscar o princípio de toda sabedoria para não ficar dando voltas no mesmo lugar.
Uma CRISE vai gerar outra CRISE!
É preciso ter humildade para reconhecermos onde estamos.
Quem somos?
E para onde iremos?

segunda-feira, novembro 19, 2007


GR.III.TO

Depois de 3 anos podemos cantar aquela canção. Ainda que (quase) tudo “diga não, darei meu grito de alerta, Senhor eu só confio em Ti”.
Confiança se traduz em convicção, certeza, credito, esperança, fé. Eles podem até desconfiar de nós, ou se fazer por desentendidos, mas a resposta soa mesmo como um Alerta.
E quando achamos que o fôlego acabou e que o ar foi embora, paramos para respirar, buscar no fundo da alma, encher o peito novamente e GRITAR: “Senhor eu só confio em Ti”.
As honras e glórias são para Ele, autor e consumador desta fé que temos. Eu sei que Ele está no barco, Ele esta aqui conosco.
Se Jesus é o cabeça você é a extensão deste corpo, você que contribuiu, que contribui, estamos ligados por juntas e medulas na corrente invisível e sobrenatural diante de uma realidade apenas matemática.
Estamos em estado de Alerta, na vigília, vamos continuar a ATITUDE do sacrifício vivo, da LIBERDADE por não sermos escravos de nós mesmos renunciando os cárceres das paixões terrestres. Esse é o culto racional proclamado pela VERDADE que da sentido a vida, a vida eterna.
Oferecemos-nos completamente a Deus.
Somos transformados por meio de uma completa mudança de mente.
Desejamos; e esse é o desejo para sempre:
Aquilo que é Bom, perfeito e agradável a Ele!

Joaquim Tiago (bill)

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Dia 24 de novembro (sábado)VI ALERTA XXI ROCK FESTIVAL“Além da própria existência”12 bandasLocal: Garagem Underground
(praça 1º de maio, centro de Ipatinga)Horário: 15 horas EM PONTOEstrutura: DOIS PALCOSIngresso: $ 5,00 (na portaria)
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sábado, novembro 10, 2007

“ISSO AQUI É UMA GUERRA MEU IRMÃO”


Dias 17 e 18 de novembro (sábado e domingo)
III aniversário do GRITO
(Comunidade Cristã Grito de Alerta)
Av. Guido Marliere 1170 - 2° andar
Trevo do Panorama/Iguaçu - (no prédio da Fitness Academia).


17 (sábado) às 19h30
o Reunião do Corpo, compartilhando Pr. Marcos (Betesda)
18 (domingo) às 8h30
o café da manhã e logo após palestra com Prof. Rafael Nogueira (Teólogo e Psicanalista)
18 (domingo) às 19h30
o Reunião do Corpo, compartilhando Pr. João Firmino

Dia 24 de novembro (sábado)
VI ALERTA XXI ROCK FESTIVAL
“Além da própria existência”

12 bandas
Local: Garagem Underground (praça 1º de maio, centro de Ipatinga)
Horário: 15 horas EM PONTO
Estrutura: DOIS PALCOS
Ingresso: $ 5,00 (na portaria)

“BOA 06, BOA ...”

sábado, novembro 03, 2007

“Há tempos”


por: Joaquim Tiago

(...) //E há tempos nem os santos têm ao certo/ A medida da maldade/ Há tempos são os jovens que adoecem/ Há tempos o encanto está ausente/ E há ferrugem no sorriso/ E só o acaso estende os braços/ A quem procura abrigo e proteção./ Meu amor, disciplina é liberdade/ Compaixão é fortaleza/ Ter bondade é ter coragem/ E ela disse:/ -Lá em casa tem um poço mas a água é muito limpa.
(Trecho da música Há Tempos – Dado Villa-Lobos/Renato Russo/Marcelo Bonfá)



O tempo já não é mais o mesmo! Ele passou, com ele foram muitos sonhos e ilusões. Quem consegue recordar, ter lembranças de como no passado tínhamos o que não temos hoje? Talvez o encanto esteja realmente ausente. Durante muito tempo realmente havia esperança no progresso, no futuro e na razão. Onde é que chegamos, onde fomos parar com tudo isso, a evolução deste tempo perdido.

Somos as pessoas do tempo, aprendemos a contá-lo e a observá-lo, ficamos esperando até o último minuto, até quando der, quando não temos mais tempo.

Somos as pessoas que vivem do agora, tudo pra ser feito já, tudo neste momento tem que ser para que o acaso vá embora e eu possa ter acesso ao significado para transitar.

Quem nunca sonhou? Eles estão dentro de nós fingindo dar esperança, criando espaço para cairmos naquilo que faremos para termos. Faremos num certo tempo o que nos foi ensinado para sermos, pessoa temporal. Por que queremos mesmo nesse momento o que pensamos que seremos?

Somos todos contemporâneos deste mesmo tempo. Qual a nossa característica e qualidades? Em muitas vezes está preso a ele, o próprio tempo! Tornamos-nos pessoas temporárias. Você já teve tempo para pensar nesta vida sobre esse desperdício.

Temporal, evoluído, moderno e racional! Uma razão para acreditar no futuro que se faz agora. Quase ninguém mais acredita no que vai ser no fim. Quase ninguém mais acredita no eterno! Preferimos o abraço do acaso para conseguirmos abrigo.

O temporário é secular (de século em século), materialista, civil, humano, mundano, leigo, profano. Para ideologia do secularismo nada mais é eterno e “tudo” que pertence ao homem (incluindo o prazer) é para ser (vivido) agora, num tempo como este.

Preferimos então ideologicamente coisas seculares como músicas, amizades, bandas, “igrejas”, “orações”, ações e perseguições. Somos “tribalistas e não queremos confusão”, preferimos ser aceitos de alguma forma para que essa vida tenha sentido, mesmo que relativo, por que o tempo agora também é.

Não temos mais ao certo a medida da maldade e vamos teorizando por que podemos e temos permissão para crer no que é certo, no que é bom para nós.
Para que pensar no eterno se aparentemente podemos resolver tudo agora ou pagarmos alguém para nos contar uma história que nos convença de que perfeito é esta transitoriedade humanista e egoísta.

“Há tempos são os jovens que adoecem”, há tempos perdido de mais, há tempo deixei para trás o sorriso que me encantava, a simplicidade de ser criança e brincar de achar o esconderijo do amigo.

Será que ainda há tempo para voltar atrás? Tempo para sonhar novamente com o retorno do encanto, para transcender, para acreditar, para parar e fazer uma oração, crer e ter fé no eterno.
Será que já não adoecemos de mais? Ou ainda há cura pro sorriso, para virtude, para meu tempo contemporâneo secular existencialmente perdido?

Vou ficar com as ultimas palavras e penso que podemos estender mais essa fala, mas por enquanto podemos entender assim: “Meu amor, disciplina é liberdade/ Compaixão é fortaleza/ Ter bondade é ter coragem”.