segunda-feira, dezembro 22, 2008

Frustração Religiosa

Estou profundamente frustado com a situação religiosa local e de mais localidades do Estado e Nação. Sei que sempre aconteceu escândalos durante a história, uns feios e outros horríveis, fogueiras, mortes, invejas, adultérios, traições e uma lista enorme que é sempre fruto da natureza humana caída, egoísta e vaidosa.
O ser humano é assim mesmo, poderia dizer eu, maldoso e doente, adoecido por esse sistema. Mas o Apóstolo Paulo convertido de fato, sabia que ele não mais vivia, isto é: sua natureza e vontade - mas sim Cristo vivia nele pela fé, a nova natureza e condição de ser/vida (Gl 2.20).
O que estamos cultuando como culto? Não, calma! Não é pleonasmo ou repetição! Temos como adoração hoje na religião vigente o culto, a “cultolatria” e estamos viciados em valores do reino, mas não o Reino de Deus e sim o do dinheiro, do poder e vaidade. Servimos as tarefas, agendas, programações, métodos religiosos para enriquecer como jogador de futebol ou algum pop star. Cultuamos a soma de números de membros e outros valores que neste horário não caberia ficar escrevendo. Vamos ao culto fazer o que? Adorar o culto e sair mais cultuado do que Deus!
Para quem ainda não sabe adoração é servir, servi a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Quando adoramos a Deus manifestamos seu caráter servindo ao próximo em amor.
Jesus disse certa vez aos seus discípulos: “É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem! Melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona (PEDRA DE MOINHO), e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequenos.” Lc 17.1,2.
Não participe você das manipulações e escândalos, busque a Deus enquanto se pode achar!

Quero aproveitar e oferecer essa maravilhosa parábola do Rubem Alves para sua meditação. Qualquer semelhança é puro acaso...


O pastor, as ovelhas, os lobos e os tigres.

“Era uma vez um pastor que gostava muito das suas ovelhas. Gostava delas porque eram mansas e indefesas: não tinham garras, não tinham presas, não tinham chifres. Eram incapazes de atacar e incapazes de se defender. Mansamente elas se deixavam tosquiar. O pastor gostava tanto delas que prometeu defendê-las sempre de qualquer perigo. Como prova do seu amor, tornou-se vegetariano. Jamais mataria uma ovelha para comer. Como resultado de sua dieta de frutas e vegetais, o pastor era muito magro. Havia nas matas vizinhas lobos que também gostavam das ovelhas. Gostavam delas porque eram mansas e indefesas: não tinham garras, não tinham presas, não tinham chifres. Eram incapazes de atacar e incapazes de se defender. Mansamente se deixavam devorar. É: o gostar, frequentemente, produz resultados diferentes. O gostar do pastor produzia cobertores de lã. O gostar dos lobos produzia churrascos. O pastor estava sempre atento para protejer suas ovelhas contra os ataques dos lobos. Levava um longo cajado nas mãos para golpear os lobos atrevidos que chegavam perto e um arco e flechas para ferir os prudentes que ficavam longe. Viviam assim o pastor, ovelhas e lobos, num delicado equilíbrio. A notícia das ovelhas chegou aos ouvidos de uns cães famintos e de umas hienas magras que moravam nas cercanias. Resolveram mudar-se para a floresta dos lobos para melhorar de vida. Parentes que eram, falavam a mesma língua e logo se entenderam. Organizaram-se, então, de forma racional, a fim de terem churrascos mais frequentes. O cajado e as flechas do pastor se mostraram impotentes diante das novas táticas. Enquanto ele espantava os lobos que se aproximavam pelo sul, os cães e as hienas matavam as ovelhas que pastavam ao norte. O pastor concluiu que providências urgentes tinham de ser tomadas para a segurança das ovelhas. Pensou: “os lobos, os cães e as hienas atacam porque as ovelhas são indefesas. Se elas tiverem meios de se defender, eles não se atreverão. Preciso armar minhas ovelhas.” Mandou então fazer dentaduras com dentes afiados, chifres pontudos e garras de ferro, com que dotou suas mansas ovelhas. Os lobos e seus aliados, vendo as ovelhas assim armadas, riram-se da ingenuidade do pastor. O fato é que as ovelhas ficaram ainda mais indefesas do que eram, pois não sabiam usar as armas com que o pastor as dotara. Os churrascos ficaram ainda mais frequentes. Com isso, lobos, hienas e cães engordaram. O pastor teve então uma outra ideia: “Vou contratar guardas de segurança profissionais para proteger minhas ovelhas.” Os guardas teriam de ser mais fortes do que cães, hienas e lobos. “Tigres”, pensou o pastor. Mas logo teve medo. “Tigres são carnívoros. É possível que gostem de carne de ovelha.” Só se houvesse tigres vegetarianos. Soube então que um criador de tigres, com uso de técnicas psicológicas pavlovianas, havia conseguido transformar tigres carnívoros em tigres vegetarianos. Seus hábitos alimentares eram iguais aos das ovelhas. Nesse caso, não ofereciam perigo. O pastor então contratou os tigres vegetarianos como guardas das suas ovelhas. Os tigres, obedientes, começaram a guardar as ovelhas e diariamente recebiam, como pagamento, uma farta ração de abóboras, nabos e cenouras. Os lobos, as hienas e os cães, vendo os tigres, ficaram com medo. Como medida de segurança passaram a caçar as ovelhas durante a noite. Os tigres, patrulhando a floresta, vez por outra encontravam os restos dos churrascos com que os lobos, hienas e cães haviam se banqueteado. Sentiram, pela primeira vez, o cheiro delicioso de carne de ovelha. Lambendo os restos, sentiram, pela primeira vez, o gosto bom do seu sangue. E perceberam que a carne de ovelha era muito mais gostosa que sua ração de abóboras, nabos e cenouras. Pensaram então: “Melhor que sermos empregados do pastor seria sermos aliados dos lobos, das hienas e dos cães.” E foi o que aconteceu. Tigres, lobos, hienas e cães tornaram-se sócios. Os lobos, as hienas e os cães tornaram-se atrevidos. Não atacavam mais durante a noite. Atacavam em pleno dia. Ouvindo os balidos das ovelhas, o pastor gritava pelos tigres. Mas eles não se mexiam. Faziam de conta que nada estava acontecendo. Mal sabia ele que os tigres, durante as noites, comiam churrasco com os lobos, com as hienas e com os cães. O pastor resolveu pôr ordem na casa. Chamou os tigres. Repreendeu-os. Ameaçou cortar sua ração, ameaçou despedi-los. Foi então, em meio ao sermão do pastor, que os tigres começaram a se perguntar uns aos outros: “Qual será o gosto da carne de um pastor?” E responderam: “É preciso experimentar!” Dada a resposta, o mais forte deles abriu uma boca enorme e emitiu um rugido horrendo, mostrando os dentes afiados. O pastor, olhando para a boca do tigre, viu então o que nunca imaginara ver: chumaços de lã entre os dentes do tigre. Num relance ele percebeu o destino que o aguardava: ser churrasco de tigre. E seu pensamento pensou depressa. O pastor já notara que os lobos, as hienas os cães e os tigres estavam gordos e felizes. Ele vegetariano, defensor das ovelhas, estava cada vez mais magro. E assim, numa fração de segundo, ele compreendeu a realidade da vida. E, antes que o tigre o devorasse, ele propôs: “Façamos uma aliança ...” E desde esse dia, a fazenda, que se chamava Ovelha Feliz, passou a se chamar Ovelha Saborosa. O pastor, os tigres, os lobos, as hienas e os cães viveram felizes pelo resto dos seus dias, cada vez mais gordos, as bocas sempre lambuzadas com gordura de ovelha.

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Rubens Alves. Na morada das Palavras, pag. 31 – Papirus Editora, 2003.

sexta-feira, novembro 28, 2008

O grito que ecoou em Novembro

Choveu muito neste novembro! O que trouxe a chuva para nós?
Bom, além de molhar (bem) a terra, as flores e produzir estragos em alguns lugares alagados que comprovam os fatores climáticos extremos provocados pelo aquecimento global, existe sempre algo a mais. Chuva é água e água é vida (ou morte) para os seres. Água é esperança de dias melhores como o de pétalas vermelhas em seu sublime desabrochar, “matar” a sede, aliviar o calor, hidratar os poros e muito mais.
Novembro de 2008 esta acabando, esta terminado os dias de um mês vermelho para nós, só podia, como já dizia o poeta: “O tempo não para!” . Mas deixará boas lembranças, alegrias e o sonho que novamente renasce como o sol em nossas vidas.
Lembro-me (ainda) quando tudo começou, a decisão prevendo em novembro o nascimento da comunidade, ou na verdade se formularia o que já estava vivo em nossos corações (ações). O que parecia ser uma mistura de ingenuidade com vontade. Fé e coragem, nos levou ao aprendizado de um inesperado caminho que se forma a cada dia, a cada momento. E dentro deste caminho o mais importante nasceu, a grande família, aos laços da poesia onde Cristo é presente, a presença do Filho, o Cabeça do Corpo e nós membros uns dos outros. Somos dissidente de odres velhos (saco de couro para levar vinho), de outras tribos, ou mesmo tribalistas, mas não queremos ser apenas parte de contexto, mas parte do corpo verdadeiro, da verdade, vida e caminho.
Somos um grito, porque primeiro o ouvimos chamar, no meio de uma era de incertezas, medo, crises, pessimismo. O que nos chamou continua nos convidando ao arrependimento, a uma nova vida. Ou vida nova? O que faz a diferença mesmo é viver a mesma vida com o novo significado de ser.
Ele gritou na cruz o amor ao mundo de seu Pai, ele foi um o grito de amor que ecoa e que morreu em meu lugar. Para apóstolo como para mim, ninguém tem maior amor do que esse, o de entregar a sua própria vida em favor dos seus amigos. Esse é o grito que ecoou aqui em Novembro! Vermelho pelo teu sangue Jesus!
Esse é um grito que não vai parar!

Agradecemos aos ministérios e amigos:
Avalanche;
Caverna de Adulão;
Impacto Urbano;
Milícia;
Metanoia Fest;
Tribal Generation;
Amigos, amigos e amigos!

quarta-feira, novembro 12, 2008

Por uma questão sócio-ambiental

E louvou aquele senhor o injusto mordomo por haver procedido prudentemente, porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz.(Lc 16.8)

Essa é uma questão para cristão ficar se envolvendo?
Trágico se não fosse cômico esta diante dessa questão inicial para podermos depois pensar na outra que é séria. Essa é então mais uma das questões que teremos de resolver em nós.
Não é da prática cristã e principalmente em nossa região envolver-se com assuntos tão "complicados". Geralmente o que mais nos preocupa é ir embora morar no céu ou mesmo a tão valiosa maneira de ganhar a vida através de uma barganha com Deus. Apegado aos meios e fica-se somente nos meios porque já não preocupamos tanto com o fim de tudo, ou como dizem: "Os fins justificam os meios". Que fim?
Queremos nos salvar daquilo que sempre nos aflige, o medo e a ganância, que é o medo de ficar "pobre". E ainda temos toda uma agenda e programação para cultuarmos. A agenda vem carregada com ideal de termos o maior número de pessoas possíveis ajuntadas. Com tudo isso e mais um pouco de vida "pessoal" não temos tempo para pensar o que vai ser do mundo e da nossa cidade se continuarmos da mesma forma: poluindo e sendo consumidores de poluentes. No mais saímos com aquela: "Isso é responsabilidade das ‘autoridades’ dos ‘governantes’, dos ambientalistas" e um monte de outras desculpas.
Porém, se nos considerarmos cristãos de fato, de ação, essa é uma questão e responsabilidade nossa! Sim, e não podemos fugir fazendo de conta que somos de outro planeta, de outro mundo.
O que é um cristão? Um cristo menor, seguidor de Jesus Cristo e mordomo dessa terra .
Jesus Cristo nosso mestre quando veio disse: "(...) eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância." (João 10 : 10). O que é ter abundância de vida, ou vida plena? É ter uma vida completa, ou completada as necessidades do homem todo. O medo e a ganância nos afastam um dos outros e alimenta o egoísmo, o egoísmo nos faz incompleto e incompleta o mundo! Isso é tudo que um cristão de fato e ação não é e nem pode ser.
Hoje a natureza sofre e muito por que aprendemos a explorar para uns poucos sem pensar nos outros, no próximo ou no futuro dos nossos pequeninos. Consumimos desenfreadamente fazendo o mercado produzir e explorar. Não nos completamos e comungamos como cristãos em corpo por pensarmos somente em nossa satisfação pessoal. Não reciclamos, não poupamos e fazendo assim o pão já não é nosso e sim de alguns.
A terra esta mal dividida e milhares já não tem onde plantar, alguns já não tem a mais água para beber, alguns já não tem mais ar para respirar. O progresso destrói e no fim quem vai ter barcos salva vidas quando tudo afundar?
Secas, selvas transformadas em pastagens, rios transformados em esgotos, desnutrição, pestes como a dengue, e nossa resposta diante de toda essas tragédia não pode ser cada um que se cuide. Jesus Cristo não ensinou assim!
Por isso nada mais viável do que pensarmos a questão sócio-ambiental, ela faz parte de nossa ação como responsáveis cuidadores dessa terra, é parte integral da nossa vida cristã. Não pretendemos cuidar de um mundo que se traduz em um sistema de mentiras, corrupção e morte. Estamos sim pretendendo cuidar do que o Pai nos deu, a terra e sua natureza formosa, essa que supre e nos da o pão nosso de cada dia.
Cuidar da terra é ser adorador, é ser mordomo e aprender a servir. Saber que existe um ciclo sagrado da semente que cai e morre para poder nascer novamente e se multiplicar levando vida a muito mais pessoas. O ciclo é completo pela água, pelo ar, pela terra, por aquele que plantou e colheu. A colheita vai ser sempre uma festa onde podemos repartir e dividir na mesa da ceia, na mesa da vizinhança, na mesa onde o suco da uva se mistura a massa do pão, do corpo presente onde há realmente vida. Assim somos todos transformados em alegria e amor. Nesse meio não existe preguiça, comodismo, medo, soberba e egoísmo, tudo é combatido com a fé.
Você também foi chamado para ser parte desse corpo, da grande comissão. Comece a se questionar, qual é o papel desenvolvido pôr você que se considera cristão diante do quadro sócio-ambiental da sua casa, vizinhança, cidade e planeta. Podemos pensar alternativas e mesmo em nosso pequeno meio sermos mais coletivos e menos individuais, combatermos esse egoísmo, esse medo e essa ganância. Sermos mais pró vida e menos pró morte da vida. Amém!

Joaquim Tiago – Bill

terça-feira, setembro 23, 2008

VISÃO DA IGREJA EM JESUS

Ekklésia
O original do termo igreja, em grego, é EKKLÉSIA. No grego clássico, este termo significa assembléia dos cidadãos de uma cidade, com objetivos legislativos ou deliberativos. Antes não havia no termo, cunho religioso. Logo depois, com o avanço das sinagogas em outras terras, como na Grécia, no meio dos gentios o termo foi adotado para designar a assembléia religiosa local dos hebreus, que viviam fora de Jerusalém. Antes da igreja cristã ou assembléia dos cristãos, falava-se da Eclésia de Jerusalém. Muitos gentios, nesse período, foram admitidos nessas reuniões ou assembléias, onde causaram polêmica por causa dos preceitos da lei.

Igreja Apostólica
Logo após a morte e ressurreição de Jesus, ele deixa uma missão junto aos apóstolos e a todos. Jesus dá uma ordem, principalmente a eles, para esperarem em Jerusalém, até que do alto fossem revestidos de poder e a partir daí fossem testemunhas pregando o evangelho ou as boas novas do Reino. Discípulos de Jesus, eles foram testemunhas vivas da morte e ressurreição. Os sinais os acompanhariam. Nos atos dos apóstolos, vimos que muitas pessoas foram se convertendo, aumentando o número de salvos a cada dia, e eles tinham tudo em comum. Saulo, grande perseguidor dos cristãos, converte-se, vai trabalhar com os gentios e sempre ia às sinagogas discutir com os judeus. Assim, de uma forma bem resumida, surge a assembléia dos cristãos. Surge a igreja de Cristo em Roma, Corintios, as 7 igrejas da Ásia e depois outras, em outros lugares.
Jesus começa sua igreja com seus discípulos e a eles revela os mistérios. O objetivo era propagar o Reino de Deus. Ele não modela qualquer organização ou plano de governo para essa sociedade. “Jesus criou a igreja, mas nele não há modelo de organização para a igreja, somente a ordem para se fazer discípulos, batizar e ceiar.

ONTEM E HOJE
Durante a história, esta assembléia foi ganhando nomes, credos, formas, tradições, liturgias. A igreja, no primeiro século, foi duramente perseguida por Nero, porém mais tarde, se tornou religião oficial do Império Romano, no período de Constantino. De perseguida veio a ser perseguidora, aliou-se ao poder. A igreja foi palco de várias questões, detentora do saber e veio a se dividir várias vezes com várias raízes teológicas. A igreja fez Missões para evangelismo e serviu ao expansionismo burguês europeu durante as Grandes Navegações.
Portanto, a igreja deixou de ser de Cristo para ser de homens poderosos. Passou a ser organização política e a serviço do mal e da opressão em suas cruzadas por vários lugares da terra. Porém, em meio a tudo isso, ou em toda essa história, o Corpo de Cristo e o seu Reino chegaram até nós, aos nossos corações, graças a homens e mulheres anônimos, que mesmo fora da assembléias oficiais, foram pessoas espirituais, com a verdadeira visão do Reino de Cristo. Estes acontecimentos estão relatados em livros de história.


A UNIDADE DO ESPÍRITO
Efésios 4.1.ROGO-VOS, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados,2.Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,3.Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.4.Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação;5.Um só SENHOR, uma só fé, um só batismo;6.Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós.7.Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.

O Corpo só existe se houver unidade! Quem nos uniu para sermos um corpo? Quem nos uniu para sermos de fato igreja? O Espírito! Como reunir povos, tribos e pessoas de culturas diferentes em só corpo? A igreja é espiritual quando há a união de pessoas espirituais!
Com tanta pluralidade cultural dentro das tribos, urbanas ou selvagens, sempre irá existir divergência de idéias. Desde o século I, a igreja vem sofrendo com essas questões entre gentios e judeus e demais situações relatadas nas cartas de Paulo. Não é a sabedoria humana que vai criar unidade para corrigir essas diferenças, nem uma uniformização exterior pode trazer uma unidade verdadeira. Somente o Espírito Santo é capaz e sem ele é impossível.
As pessoas espirituais irão optar por uma vivência espiritual para sempre manter a unidade pelo vínculo da paz.
Existe uma “unidade básica” e os cristãos, através da exortação de Paulo, não estão sendo motivados a criar esta unidade, mas conservar a que já existe. Se existe corpo, igreja, comunidade, tudo é fruto de unidade. Temos agora que preservá-la, mantê-la. Depois de criado a unidade pelo Espírito, é responsabilidade total dos cristãos preservá-la.
Que unidade é essa? Há um só corpo! Um só Espírito! Um só Senhor!
A igreja não é apenas uma instituição que concorda com idéias, em sua maioria, dando forma assim, a um ajuntamento de pessoas. A igreja é um organismo vivo em uma unidade corporal onde Cristo é o cabeça. Não estamos criando nada referente a igreja, ela já existe e tem dono! Tudo no corpo compartilha a mesma vida. “Uma organização deriva seu poder da associação de indivíduos, mas um corpo deriva seu poder compartilhando vida.” STEDMAN, pg 30.
Jesus é a pedra angular e sobre ele é que estamos fundamentados. A igreja do Novo Testamento é obra do Espírito Santo, Jesus falou que iria, mas deixaria o Consolador para nos auxiliar em tudo, para convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo. A igreja tem que depender do Espírito de Deus, a obra é Dele.
A igreja representa a noiva sendo agora preparada pelo amigo do Noivo: O Espírito Santo! Um dia o Espírito e a noiva irão dizer, vem, pode vir resgatar sua noiva, ela esta pronta, Aleluias!
Quando Paulo escreve aos Corintios, diz: “ninguém pode dizer Jesus é o Senhor, a não ser pelo Espírito Santo.”
Entendendo tudo como pessoas agora espirituais, discernindo bem todas elas, chegamos à conclusão de que não estamos criando nada, por que já existe, devemos é manter, procurar conservar o que no original grego é: disposição da vontade e atividade, não apenas de forma exterior, mas no interior. Nós nos reunimos para nos entender mutuamente, perdoar, orar uns pelos outros. Temos que evidenciar a unidade através da graça. Paulo fala também aos Corintios sobre a reunião por ocasião da ceia, o fato é que quando eles se reuniam e não havia verdadeira união, isso é desagradável, ele até entendia o porque, mas isso levava o povo a comer e beber da ceia de forma indigna, eles não discerniam o próprio corpo e por isso havia muitos fracos e doentes no meio deles.
Entendendo tudo com maior profundidade espiritual, saberemos que não somos apenas uma organização institucional. Através de uma unidade espiritual, podemos promover o bem comum e nesse comum alcançarmos uma instituição melhor, uma comunidade sincera. Como eu já disse: o corpo pode administrar bem uma instituição, mas a instituição não fará um corpo. Amos 3.3. A igreja tem que permanecer fiel à sua vocação!
Com isso, Deus, através do Espírito, capacita a igreja com dons e formará aqueles que têm o trabalho de edificar o mesmo. A edificação do corpo é feita pelos dons ministeriais citados em Ef. 4.11. Tudo é para que todos cheguem a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, para que cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo: Sermos como Ele é!

Pergunta:
1. Nossas decisões (agora) são fruto de unidade?
2. Estamos decidindo com o fim de manter a unidade ou para nos dividir ainda mais?
3. Estamos (aqui) unidos em qual propósito?
4. O motivo do Grito existir como igreja em Cristo é para servir a Deus - amando e servindo as pessoas - ou ele existe para servir a um grupo de interesses?
5. Qual é a melhor forma de fazermos o trabalho sem nos dividir?

Joaquim Tiago, Bill

sexta-feira, setembro 05, 2008

Você é o que você fala.



A vida se tornou comunicação e a comunicação se tornou a vida. Vive-se hoje apenas por meios que se comunicam. A vida agora é virtual, por que a comunicação não é mais real, ela só exprime teorias. Nós temos todas as informações, nos temos o Google, maior e mais poderoso site de busca, de procura, uma rede de informções e teorias do planeta. O planeta é uma enorme rede, uma enorme teia onde a maioria ficou presa, são seres virtuais, de comunicação virtual.
É o falatório geral, fala-se de tudo e de todos, da mãe, do pai, do avo, do tio, das instituições, disso, daquilo e do que não se deve falar. Blá, blá, blá e mais um monte pra "encher linguíça". Todo dia algo novo, toda hora um discursso sobre o outro discursso e por ai vai a vida virtual do comunicador moderno ou pós.
Mas e a prática, e a ação do verbo, e a atividade da vida? Falar do que se faz de verdade contra falar por falar pra vê no que da. A comunicação não é uma ação do sou e sim do que podem ser e até do que se deve ser.
Martin Luther King morreu pelo que falou e falava de um sonho, um por qual sempre lutou, hoje pessoas falam para não morrer, por que é melhor matar alguém do que se colocar no lugar do outro.
Quem é você? Apenas aquele que comunica no vazio, que fala e não faz, só aprendeu a falar, só aprendeu a usar o Google para encontrar significado para a vida. Você também esta preso a uma cadeia de inutilidade, sentado numa cadeira comendo calorias, defronte o seu computador masturbando seu narcisismo ideológico e retórico.
Fala-se de justiça mas é injusto, fala-se de socialismo mas é egoista, fala-se de outros fazerem errado mas contribui pouco, fala-se que outro fala mas fala do outro também. Fala-se por necessidade mas não por convicção ou prática.
Estão pregando o evangelho mas vivendo a falta de boas novas, principalmente a falta de respeito ao próximo. Teologias de mais e vida de menos. Os chamados cristãos agora também sabem teorias, mistura com libertação, mas usam de libertinagem para maltratar uns aos outros, com palavras.
Ta na hora do silêncio, passou da hora de aprendermos com o mestre a lavar os pés uns dos outros, a fazer o mesmo. Que dia iremos assumir a IDENTIDADE de CRISTO e deixar a identidade do Orkut, do Fotolog, do MSN, do Blog, do control C e V e de outras identidades virtuais. Cansei desse falatório vazio, desse disse-me-disse, dessa comunicação virtual do nada existêncial.
É momento de praticar a fé e mudar de natureza. A vida comunica a ação da vida que vive em mim.


"Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também." (João 13 : 15)


ATITUDE+LIBERDADE+VERDADE
bill

segunda-feira, agosto 25, 2008

O sentimento do mundo

Pessoas fazem o mundo sentir e o mundo muda o sentimento das pessoas. O mundo é um caminho, a estrada do mundo. Existe um só caminho, estamos vivendo e trafegando nele. Neste caminho existe o sentido correto e o sentido contrário. Para entendermos qual é o sentido correto e contrário ao correto, dependerá de direção que cada uma das pessoas escolherem, que cada um de nós escolher.
É a caminhada da vida por este mundo, estamos fazendo nossa passagem, estamos a todo o momento fazendo nossas escolhas com nossos pensamentos, com nossos sentimentos. É a própria motivação da vida, viver motivado olhando em direção a que no que o caminho nos aponta.
Agora pense que dentro deste caminho, desta estrada, você faz a escolha aparentemente certa, pensando onde quer chegar com sua vida, porém pega o sentido ERRADO dessa estrada. Quanto mais você anda mais você se distância do propósito CORRETO. Você quer chegar a sua casa, mas quando sai do trabalho pega o sentido contrário. Do ponto em que se encontra, caminha cegamente com seus sentimentos e pensamentos, com uma influência qualquer para longe de casa, e ai quando acorda se pergunta: “O que faço aqui?”.
Pessoas pensam com o mundo por que o mundo é o pensamento das pessoas na sua maior coletividade, pessoas estão na sua coletividade caminhando, fazendo deste mundo uma caminhada de sentido e sentimento mal (é só olhar para os fatos da história e de hoje). Vejo que existem pessoas que até fazem escolhas interessantes, porém o sentido esta totalmente errado, por que suas motivações são para si, são egoístas, são orgulhosas.
As religiões, portadoras de respostas e de alternativas para o mundo levam milhares de pessoas a fazer escolhas para o fim correto da vida, para uma salvação da alma. O que os cegos que guiam outros cegos não vêem é o sentido que está totalmente equivocado. Ninguém se converte no caminho que é errado mas se convence de que esta no sentido certo, da vitória, da glória, do EU. Algumas já dizem que somente elas tem a verdadeira resposta segundo preceitos de uma tradição, de um costume, de um legalismo, de uma doutrina humana conservadora e que depois de tudo isso agora já não faz sentido, já não leva ao verdadeiro sentido para vida.
Esse é o sentimento do mundo, o sentimento das pessoas, o sentimento sem Deus, o sentimento secular de um tempo vazio, vazio de sentido. Qual é o seu modo de pensamento, qual é sua mundi-vivência? Em que sentido encontra sua vida?
Uma afirmação foi dada aos Filipenses na carta que Paulo os escreve, que haja o mesmo modo de pensamento neles que houve em Cristo Jesus. Qual é esse modo de pensamento? Qual é esse sentimento? Simplesmente a VERDADE! A renovação de todo entendimento que possa existir, Deus se fez homem e habitou entre nós, humilho-se a si mesmo nesta forma e foi fiel em tudo até a morte e morte de cruz. Uma natureza de servo, vivendo a vida comum de um ser humano, ele foi humilde até a morte.
A verdade é a entrega do seu direito, a verdade é ser humilde e servi a Deus e aos outros. O sentimento do mundo é anti-Cristo por que é a não entrega, o sentido errado daquele que é o CAMINHO E A VIDA.
Qual é o sentido em que esta sua vida?

bill

sexta-feira, agosto 01, 2008

"As vezes é preciso perder para poder ganhar!"

"Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros." (Romanos 14 : 19)

Queridos amigos e irmãos;
Graça e paz mais uma vez!

Quero poder falar com vcs pessoalmente e aqui sobre algo sério do que esta acontecendo entre nós. Se vcs permitirem é lógico?
Esses dias tem sido bem complicados e canssativos para todos, estamos nos aproximando cada vez mais uns dos outros e não é mesmo fácil esse desafio, por que ai, vamos nos conhecendo cada vez mais. Além do mais estamos tratando de assuntos cada vez mais sérios em relação a instituição chamada de igreja.
Estamos mais uma vez enfrenteando mudanças e passando por elas, sabendo que por ai temos muito o que mudar. Mudar nosso ponto de vista numa quebra de paradigmas.

Contudo corremos um sério risco!
Na confusão entre instituição e igreja ou como uma representa a outra nos ferimos de mais, nos maltratamos e ficamos de cara virada para o outro. Esse não pode ser nossa motivação maior, a imposição, por que por qualquer motivo que seja ou modelo que vamos adotar as pessoas continuam sendo pessoas. Então se por esse motivo (forma de governo) deixarmos de amarmos aos demais, seremos ai realmente uma instituiçaõ e não uma igreja de Cristo.
A igreja de Cristo precisa sim de um modelo que faz sua representação e que possa cuidar das pessoas da melhor forma, é só isso que podemos querer, amar as pessoas. Não é o modelo ou forma de governo que irá formar a igreja de Cristo, fazer vc amar, ao contrário, é sua igreja que irá gerenciar e atender a todos amando. Damos uma severa importância ao sistema e não olhamos como as pessoas estão e a única coisa que nos importamos é que elas não participam ou não querem participar, ai então nos fechamos em "grupinhos" sem ao menos ouvi-las e darmos chances para elas participarem do corpo. Além do mais a igreja só é igreja quando todos estão nela, sendo membro do corpo, cumprindo sua parte espiritual, se elas forem embora, acabou a instituição.
O que vejo muitas vezes é que o corpo sabe o que quer por ouvir Jesus que é o cabeça, mas os sistemas que estão ai já não sabe o que querem, ou querem somente para si, por que perde-se nas discurssões e brigas sem fim. Discutimos para ficar defendendo a posição que é melhor para quem discute, falhamos e discutimos para que uma posição e um ponto de vista seja aceito e feito o que muitas vezes acabamos não fazendo.



Arrependimento
Eu me arrependo por muitas vezes Ter feito isso, e peço perdão, quero ser mais corpo e menos instituição, quero ser parte de um corpo que trabalha numa instituição, que ajuda muito as pessoas. Quero fazer parte de uma instituição que não fica apenas prometendo mas tira do próprio bolso e partilha e que não fica defendendo um nome, por que os nomes vão acabar como o meu, mas as marcas do cristianismo vão ficar para sempre.

Em Cristo;

quarta-feira, julho 30, 2008

COMUNIDADE CRISTÃ


Nossa comunidade Cristã tem em comum Ele, Cristo!

Ele nunca irá nos frustar ao contrário de pessoas como eu. Nossas decisões tem QUE SER, pelo menos deve-se buscar SER tomadas numa visão Cristã, o próprio Espírito Santo irá nos ajudar muito se dermos lugar a Ele, Ele comunica aos nossos corações (mente e alma). Partindo desse princípio, vamos buscar o comum, o comunismo, o comunalismo onde a própria é beneficiada e para isso temos que ter um método, para tal uma organização que faça assim, um geito, um sistema político para decidir e agir.Nosso dever é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmo, Deus é amor, amou o mundo e entregou seu filho para morrer por nós. Nossa motivação primária será sempre o amor a Deus e as pessoas com Cristo abitando em nós e não nós em nós. Amando Deus servimos as pessoas, por isso é uma comunidade Cristã quando servimos uns aos outros e não a nós mesmos.


Como comunidade podemos servir melhor todas as pessoas?

Essa é uma questão que não pode se calar! Por que podemos adotar um tipo de decisão e escolhermos a melhor forma para decidir todas coisas, mas não podemos nunca nos esquecer da nossa MOTIVAÇÃO MAIOR!


Da forma como nossa comunidade existe hoje, falando do GRITO, isso acontece?

Se não, então alguma coisa com certesa esta errado. Ai então vale o questionamento e uma real revisão.


Tudo feito através da graça e em amor a Ele, nosso Mestre Jesus!

segunda-feira, julho 21, 2008

O dono do corpo. O cabeça da igreja!


A igreja tem dono? Isso depende! Dependerá sempre de quem há governa.

Desde os tempos remotos e antiguidade existe várias formas de ritos e cultos. Desde que o homem é homem, desde que o homem sabe que sabe, sempre ouve nele a necessidade do que é superior, superior a ele, uma divindade, a busca fora da esfera física, um deus, nem que seja desconhecido.

Olhando para civilizações orientais e suas formas culturais de culto, hoje tão difundidas. Difundidas como uma prática espiritual e ao mesmo tempo esotérica que vai casando com a moda e o consumismo, não levamos em consideração o tempo milenar e a história destes povos. As pessoas ainda continuam procurando respostas. Segundo a enciclopédia Mistério do Desconhecido: “Até a era moderna, nosso conhecimento em relação a muitas partes do Oriente restringia a pouco mais do que rumores (...). Foi somente em 1842 que por força das armas européias obrigou a China a abrir cinco dos seus portos a mercadores ocidentais, mas a maior parte do Tibet permaneceu como uma terra praticamente incógnita, até que uma expedição inglesa chegasse lá, em 1904”.[1]

A religião para os povos antigos é muito mais do que uma forma de culto, não é apenas um rito local, mas culto é a própria cultura, rito são atos também sociais. Sabemos que nas culturas milenares a religião predominante influenciava toda a comunidade desde a política, colheitas e a vida social giravam em torno da religião como visão de mundo. Para o antropólogo Ronaldo Lidório – “Uma cuidadosa observação dos grupos animista e suas sociedades ao redor do mundo mostrará que a religião é a raiz de toda cultura e é o princípio determinante da vida (...) religião é vida e vida é religião (...). O evangelho é proposta respondendo indagações culturais em seu nível mais profundo”.[2]

Através dos tempos antigos e atuais os rituais eram feitos em templos, ou lugares sagrados, lugares muitas vezes inabitados ou lugares poucos freqüentados com seus altares feitos para o sacrifício. Os fiéis viam ao templo e ficavam no pátio, onde era a assembléia, o templo verdadeiramente era pequeno.

O templo era um fator de influência forte na vida da cidade, as cidades ficavam geralmente em volta do templo, o deus era o rei da cidade. Antes de Davi a arca era itinerante e o templo era em tenda. Davi tem em seu coração construir o templo e manda buscar a arca. Seu filho Salomão é quem constrói e consagra. O templo estava ligado ao palácio e era nesse período também um centro financeiro. Tudo foi acontecendo e está relatado nas escrituras até o surgimento do cristianismo, ou a “igreja” de Cristo.

O que é a igreja?

O termo usado naqueles dias do século I foi EKKLÉSIA, que no grego clássico, significa a assembléia dos cidadãos de uma cidade com objetivos legislativos ou deliberativos. Quando se falava em EKKLÉSIA sabia-se que os cidadãos com direito de voz estavam reunidos em assembléia para alguma coisa. Esse termo não tinha nenhum cunho religioso. Esse termo depois foi adotado para indicar a assembléia religiosa local dos hebreus que vivam fora de Jerusalém, com tradução em hebraico de Kahal, que juntamente com outro termo – ‘edah – significa no hebraico tardio, a assembléia religiosa dos israelitas.

Antes da igreja cristã ou assembléia dos cristãos, falava-se da Eclésia de Jerusalém que se reunia nos seus templos, essa é a igreja mãe em Jerusalém onde os Apóstolos estavam. Os gentios vieram depois, admitidos nessas reuniões. No início causaram polêmica por causa dos preceitos da lei. Esse termo aparece 23 vezes em Atos dos Apóstolos. Surge depois à igreja forte de Antioquia, e outras vão surgindo em outras cidades.

Depois de Jerusalém cada igreja passou a ser considerada como EKKLÉSIA. As outras igrejas são fundadas sobre o trabalho dos apóstolos e eles mesmos supervisionaram, a igreja de Jerusalém da o suporte, principalmente definindo questões polêmicas como a dos gentios.

O que a igreja em Cristo?

Paulo, inspiradíssimo pelo Espírito Santo nos diz muito sobre essa questão relatado na primeira carta aos Coríntios, no cap. 12. O relato usa de um exemplo simples e ao mesmo tempo profundo, Paulo nos diz que existe um corpo, o corpo de Cristo e cada um de nós faz parte desse corpo.

Então, a luz desse texto o que é correto falar em relação ao corpo? A igreja pode ter vários nome e formatos, mas a igreja de Cristo tem uma unidade, embora com muitos membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo (1Co 12.12).

Quem comanda a igreja em determinadas situações pode ser o homem, mas quem comanda o corpo só pode ser a cabeça, ou o cabeça (1Co 11.3).

Os membros não dizem o que querem ser no corpo, mas recebe todo comando do sistema nervoso, da cabeça que é Cristo. Por que dele, por ele e para ele são todas as coisas.

Agora nós somos templo do Senhor, templo não de pedras, mas humanos. Através do sacrifício de Jesus que o coloca como sumo sacerdote e nós como sacerdote desse templo terreno (Hb 8).

Nesta assembléia que é o corpo de Cristo, ele estabeleceu primeiramente Apóstolos, depois profetas, em terceiro mestres, e ai os que realizam milagres.

O cabeça de todo homem é Cristo (1Co 11.3).

Se formos parte desse corpo que tem Cristo como cabeça, como estamos reagindo as suas ordens, ao seu comando?

Talvez seguimos algo tentando encontrar Deus, como os antigos, dentro dessa cultura secular, mas não buscamos a conhecer Jesus. Do que adianta seguir ou estar numa igreja e não fazer parte do seu corpo? Para fazer parte do corpo de Cristo temos que tê-lo como nosso mestre, nosso cabeça.

Você conhece a Jesus? Como você relaciona com ele?

Como é a voz do Espírito Santo em seu coração?

Jesus é o dono da verdadeira igreja!

em Cristo;

Joaquim Tiago, Bill



[1] Mist. Desconhecido, Mist. Orientais – Ed. Abril/Time Life, pg. 94

[2] Ronaldo Lidório, Revista Capacitando – APMB, 2001 – pg. 25, 26

quinta-feira, julho 10, 2008

Quem puxou esse gatilho?

O garoto João Roberto só tinha 3 anos
E o garoto João Hélio quanto tinha?
Foram quantos tiros em quantos dias?

Quantos mortos e quanta covardia!
Quem puxou o gatilho,
Quanta injustiça!

"Moramos em um pais do faz de conta"
Faz de conta que vão fazer alguma coisa
Faz de conta que alguma coisa funciona

Somos agora todos vítimas
Por que o sistema faz suas vítimas todos os dias
Transforma-nos em idiotas, consumidores e corruptos

Quantos gorotos ainda irão morrer numa cidade "linda"?
Os que entram para o tráfico e os que saem para comprar
Os que tentam nos "defender"
E aqueles que nos irão roubar!

Joaquim Tiago / bill – Mais uma vez indignado com tanta impunidade, julho/2008

quarta-feira, junho 25, 2008

Razão Suficiente




Nós não somos razão suficiente para controlar tanta emoção
As razões perderam a lógica no cotidiano
Sentir o que esta pensando
Pensamentos que nos fazem sentir
Sentimentos que nos levam a agir
Pelos pensamentos que nos levam
Seu podesse parar?
De ser razão;
De sentir;
De pensar;
De agir assim sem conseguir controlar minhas emoções
Esse cotidiano que não é mais frio e calculado
O que tenho como significado é renunciar:
Ser razão
Ser sentimento
Ser pensar
E agir emocionalmente por algo que é maior do que eu!
CRISTO, é razão suficiente pra mim.
Joaquim Tiago
11 de junho; Outono de 2008

quinta-feira, junho 19, 2008

Análises do Poder

As análises do poder, poder para fazer sofrer e poder sofrer.
Quem faz sofrer é por que sofre de poder.
Quem pode sofrer, sofrerá podendo, por que quer sofrer calado
Um mundo de sofrimentos, podendo mandar, podendo receber
Quem pode mandar, quem pode obedecer?

“Manda quem pode, obedece quem tem juízo”
O poder silênciar quem pode falar,
Quem fala tem poder de voz,
“Quem cala consente!”

Me mandaram para ponte que caiu
Mandei todos tomar juntos no custo preço do juízo
Quem vai abandonar o tal poder?
A maioria ou querem ser deus o tem certesa que já é
Aquele que manipula para ter certeza
Aquele que tendo certeza manipula a si mesmo

E esse é meu poder de acusar escrevendo
Escrevendo livro-me do terrorismo da consciência

Um dia o poder acaba
Um dia tudo tem fim
O poder nada mudou
E a eternidade chegou
Pra quem fez sofrer, pra quem sofreu,
Pra quem mandou e pra quem obedeceu,
Pra quem desobedeceu e pra quem manipulou,

Acredito que a vida poderia ser mais simples,
Se não tivessemos poder de complicar as relações e o mundo.

Joaquim Tiago
12 de Outubro / Outono de 2008

terça-feira, maio 20, 2008

Viver a palavra da vida

Tudo que transcorre é por que corre
Corre o sentido e corre a vida
Os dias correm como corre as palavras
Olhas as flores, elas nascem e vivem,
Secam e morrem.

Qual sentido de ser flor?
Sendo flor perde-se o qual
No transcorrer pelo qual corre
O caso é só não correr
Mas parar na estrada dos dias
E olhar a beleza das palavras
Da vida.

Joaquim Tiago
19/05/08

segunda-feira, maio 19, 2008

Ideologia Sustentável

Existe hoje uma nova visão de mundo. A forma como vemos o mundo e interpretamos, a forma como o idealizamos, a lógica e a ideia de vida, mundividência, ideologia. Como as instituições e principalmente as religiosas estão no mundo, elas acabam se apropriando desta lógica, desta visão, desta ideologia (ex. idade média).
O mundo ideológico no qual estamos inseridos é formado pôr uma visão de mercantilismo onde tudo, ou quase tudo é subordinado ao comércio, ao ganho, ao interesse (ex. séc. XVIII até nossos dias). Estamos falando então de negócios. Quem não negocia neste contexto de mundo não sabe sobreviver por que a sobrevivência atrelou-se a troca, até mais do que pensamos. Bem, sendo assim também é fato que nas instituições religiosas só podem sobreviver e bem se souberem negociar, isso é uma relação de sobrevivência para o mundo, uma relação de comercio, uma relação de troca, de ganho e possíveis interesses. Não é novo, já no tempo de Jesus havia um comércio a porta do templo e o próprio foi traído por algumas moedas. Quantos comércios já não existem hoje, na porta, dentro e na saida? A troca e o poder de ser aquilo que é ideologicamente imposto a Ter.
Não quero levantar com este pequeno diálogo a função e a originalidade de cada templo, de cada instituição religiosa, por que todos vão acabar mesmo. Vamos nos ater se possível apenas no perigo que nos ronda.
O perigo é uma troca de informações onde as relações ficaram a critério de interesses e os sócios destas instituições são tratados como clientes, devedores e titulares das ações conjuntas nas aplicações financeiras religiosas. O perigo atual é global, globalizante, as instituições mercantilistas criaram critérios de lucros de posses e fizeram disso tudo escola. Usaram a propaganda e a arte para espiritualizar seus negócios, suas trocas. Quem sabe trocar recebe benefícios para alma no mundo da ilusão. Nós temos hoje instituições religiosas uniformizadas; como empresas que trabalham com sistema de franquia, esse sistema consiste numa permissão de uso de suas marcas e padrões. Há franquias nacionais e internacionais. A globalização criou as multinacionais, empresa que possuem estabelecimentos em vários países do mundo, com isso hoje temos valores globais e uniformizados. Temos uma ideia de mundo globalizado, uma ideologia globalizada que ultrapassa barreiras e identidade local.
Como enfrentar esse perigo? Temos que enfrentar o mundo! Temos que saber qual é a nossa relação de interesse nisso tudo. É saber que tipo de valores estamos negociando para sobreviver ou de que forma sobreviveremos no mercado das vaidades. Qual é a idéia que temos de Deus, da multiforme manifestação do corpo através da graça e como Ele é apresentado a nós em instituições religiosas do género.
Deus é capaz de mudar nossa visão, nossa idéia da vida, nossa lógica ideológica, nossas motivações, e não apenas deixarmos de ser capitalistas, consumistas ou Ter outra forma de ideologia que possa combater as tantas. Deus nos trata como pessoas, em nossa existência, entendendo quem somos. Fico a pensar que Deus é esse que tem sido cultuado quando é apenas apresentado direitos e formas de tomarmos posse dele. Que direito temos diante de Deus? Só temos direito por que Ele nos amou, a sua misericórdia e é ela que revela quem somos, é ela que revela que perigo corremos.
A vida tem custo, e como eu sei que tem, mas meus valores ainda não estão a venda e nem esta as portas do templo para serem negociados. Enfrentar o perigo enfrentando o mundo é repensar seriamente nossos interesses e as trocas que andamos fazendo com Deus, com certeza Ele vai nos levar a renuncia, renunciar toda lógica deste mercado, toda essa ideologia.

“Se existe hoje uma clientela interessada em psicanálise, é a dos jovens. Isso se dá não por que reprimam seus desejos, mas por não saberem o que desejam.” Charles Melman (psicanalista francês falando a veja no artigo “A família está acabando”, pg.92, 2008).


Em Cristo;
Joaquim Tiago (bill)
Novo correio eletrônico: filosofiaprimeira@gmail.com

quarta-feira, março 26, 2008

OPOSIÇÃO

Joaquim Tiago (bill)

Qual a posição da sua vida?
Você tomou o lado certo ou o lado errado? A resposta mais comum em nossos dias vai depender de que lado eu vejo. Pois a uma pluralidade de maneiras para ver o mesmo fato.
Quem se opõe a vida? Se opor ao lado errado, mas como saber o lado certo? Quem mesmo decidirá a resposta? A resposta mais comum não é um absoluto institucionalizado e sim uma busca pessoal fragmentada e privatizada.
A oposição ou posição é vivida por cada um atravéz da experiência do indivíduo. Muitas vezes esta atitude pode ser tomada em grupo ou tribo em relação a defesa no que nos opomos ou naquilo que posicionamos e no fim para nós é assim. A vida é a “nossa” verdade, a verdade da tribo e em nome dela podemos até chegar ao absurdo de poder matar, roubar e destruir.
Diante de tanta informação ou deformação, entreterimento e regulamento, qual será sua oposição ou sua opção? Será a posição de uma tribo global que não tem projetos e sim necessidads econômicas! Multiplicidades de visões e neste 3º milênio, nesta Nova Era multiplicidades de mundos onde se “substitui o conhecimento pela interpretação”(Jean – Francois Lyotard).
Segundo os Tribalistas (Grupo formado pelos músicos: Arnaldo Antunes, Carlinhos Brawn e Marisa Monte), “estamos no pilar da construção, não queremos ter razão, ter certeza, ter juízo e nem religião. Os tribalistas não entram em questão, em doutrina, fofoca ou discurssão. Os tribalistas pode ser e deve ser o que você quiser, não tem que fazer nada, basta ser o que é. Pé em Deus e fé na taba”. Somos politicamente corretos e onde vamos chegar?

Eu me oponho!
“Minha voz é forte, não irei calar” (Oposição – Trino). Mas a que vou me opor? Realmente as cadeias da mentira! E todas as cadeias que estão ai, a própria deformação relativista. A procedencia maligna vem desta dúvida pois o falar é sim e não!
Falta posição por que falta o caminho entre essas opções.
Falta conhecimento, por que não existe “verdades”, para ser verdade tem que ser única.
Qual é a posição da sua vida?
Minha opção é Jesus, o caminho a verdade e a vida!
Você pode se opor a mim, mas não pode se opor a Ele.

ATITUDE + LIBERDADE + VERDADE

segunda-feira, março 17, 2008

“Quem são eles, quem eles pessam que são?”



"Quem são eles, quem eles pessam que são?"
Uma reflexão sobre a pascoa de 2008

Por: Joaquim Tiago

Dizem que é melhor dever o capeta do que o agiota. O melhor mesmo é não dever, para não ter que passar pelo mesmo inferno.

Quem empresta quer ganhar, por isso, quem vende também, e quem da prazo usa a usura como moeda de juros. A única possibilidade aqui não é apenas dar possibilidades de compras mas de adquirir dívidas.

Iniciativas privadas e até estatais fazem as regras do jogo. Bancos, cartões de "(des)créditos", magazines, lojas, comercios, corretores de imóveis, agências automoblilisticas, planos de saúde e muitos outros. E nesta lei do mercado envolve-se até "igrejas" colocando a venda o que não pode ser vendido.

Sofremos com a geração que nasce sem identidade. A maioria orfãos de pai e mãe vivos, orfãos de princípios e valores. Como a escola é uma vida, hoje quase todos os sentidos estão voltados para o mercado. Só tem significado a existência quem pode pagar para existir.

Ideologia? Se não temos, podemos comprar. Vende-se significados, é só olhar para as camisas, prinicipalmete de bandas. Desperta-se desejos. Impoem necessidades. Cobra-se vaidades. As multinacionais, a globocolonização de valores exportados e o neoliberalismo onde o direito é sempre de quem paga.

E agora, que parte de nós sobrevivera? Eu não sei se ganho pouco ou consumo de mais, mas de qualquer jeito, tenho falta. Que estilo de vida eu quero Ter? Dependendo da minha escolha, esse sou ou não, aquilo que tenho.

A verdade concreta é que a vida já não faz muito sentido. Viver se tornou um fardo pesado e carregado de juros. A existência esta a critério do consumo e quanto ao consumo ele esta ligado ao prazer e diz sempre que nos falta algo, alguma coisa. Estamos em falta com a vida!

"Na idade média, qualquer cobrança de juros era considerada usura e condenada pela Igreja Católica, segundo os valores que garantiram o ordenamento medieval. Por isso, os negócios do comércio de usura ficaram relegados aos não-cristãos, particularmente aos judeus. Estes não tinham direito à propriedade territórial, base da estrutura da sociedade feudal. Com o desenvolvimento comercial ocorrido a partir do século XI, a condenação da usura tornou-se incompatível com as formas de vida e da ação dos mercadores e habitantes das cidades. A critíca à usura foi significativamente condenada pelos líderes da reforma – sobretudo Calvino – que proclamaram a legitimidade e respeitabilidade da cobrança de JUROS." (ECONOMIA; Dicionário de. – pg. 320 – Ed. Best Seller).

Haverá salvação fora do mercado, fora do consumo?

No evangelho de Marcos esta relatado no cap. 11 a partir do ver. 15 a ida do Sr. Jesus ao templo. Naquela situação constragedora e sensível aos olhos da misericordia é estabelecido literalmente um mercado e comercio nas margens do templo. O templo era o principal centro de encontro de toda comunidade. Jesus não gostou do que viu e do que havia se transformado o lugar, então começa a derrubar as mesas dos cambistas e a cadeiras dos que vendiam animais.

A casa do Senhor havia se transformado em covil de ladrãoes, declara o Mestre. O chefe dos sacerdotes e os mestres da lei não gostam da história, procuram uma formula de pegá-lo para matá-lo. Uma corrupção!

Mas olhando ainda para esse contexto vemos aqui, já naquela época a figura do cambista. E qual é a função de um cambista?

O cambista é a pessoa que negocia em câmbio. O câmbio é a troca, permuta, escambo. Operação de conversão de valores (especialmente mercantis) expressos em moedas de um país equivalente em moeda do outro. Então cambiar é fazer esta operação. E por que ele estava ali?

A mesa dos cambistas era onde se trocava as moedas para comprar o sacrificio. A moeda do país (Jerusalém) perdeu seu valor pelo país dominante (Roma) e os "sacerdotes" so aceitavam agora as moedas de prata dominante e valorizadas pelo mercado. Os cambistas ganham fazendo o câmbio, a troca, a negociação do mercado.

Quais cambistas temos hoje para que possamos realizar nosso culto a vaidade?
As multinacionais, as transnacionais, a globocolonização de valores importados e o neoliberalismo? O Templo da vaidade não é a casa de oração para todos os povos!

Qual o valor da nossa festa? Qual valor do nosso sacrifício? Quanto custa um culto?

Esse acontecimento envolvendo o Sr. Jesus foi no período da comemorção da pascoa onde todos subiam a Jerusalém para prestar culto a Deus.
Que pascoa queremos comemorar hoje? Que valores estamos cultivando?
A secularização do sagrado esta ligado ao poder e o poder para maioria das pessoas não é perder ou doar, mas reter e ganhar!
Esquecemos e deixamos de ser o que deveriamos ser, para viver fazendo de conta. "Quem são eles, quem eles pesam que são?"

A pascoa é a comemoração pós passagem, o passar pelo deserto. No deserto é onde aprendemos depender de Deus. Sua vida nesta terra de ninguem é um deserto, deserto finaceiro? Aprenda com o Sr. Jesus a entregar-se como o Pão e o Vinho que foi repartido na última ceia, essa é ressureição do corpo frente ao sacrifício.

Feliz Pascoa para você é meu desejo querido(a), sem juros ou usura, somos devedores uns dos outros no amor de Cristo Jesus!

sexta-feira, março 07, 2008

AMAR O MUNDO...

AMAR O MUNDO...
Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu único filho para morrer pelos nossos pecados. Dê que forma nós estamos amando o mundo?
(...)Para aprofundar a fé , a oração é tão importante quanto o alimento para nutrir o corpo ou o sono para recuperar energias. No entanto, mesmo dentre o ativismo das grandes cidades, nós cristãos encontramos tempo para comer e dormir. Se o mesmo não ocorre com a oração, não é apenas por culpa nossa. No Ocidente, perdemos os vínculos que nos ligavam às grandes tradições espirituais e somos herdeiros de um cristianismo racionalista, fundado no aprendizado de fórmulas ortodoxas, bem como pragmático, voltado à promoção de obras ou ao desempenho imediato de tarefas. Fazemos do cristianismo uma resposta mais próxiam de nossa fome de pão do que nossa fome de beleza. A dimensão de gratuidade – essencial em qualquer relação de amor – fica relegada a momentos formais, rituais, de celebrações, sem dúvida importantes, mas insuficientes para fazer da disciplina da oração um hábito que permita penetrar os sucessivos estágios da experiência mística.Ao contrário de certas escolas pagãs, a mística cristã não visa a oferecer uma técnica que leve o crente às núpcias espirituais com a dinvindade – embora isso possa ocorrer com Dom misericordioso do Pai. Antes, quer ensinar a amar – assim como Deus ama – as pessoas com as quais se convive, a comunidade com a qual se está comprometido, o povo a que se pertence e, especialmente, os pobres, imagens vivas de Cristo. “Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e o seu Amor em nós é perfeito.” (1 João 4,12). (...)

BETTO, Frei - A Mosca Azul / Rio Janeiro: Rocco, 2006

Rebelião ou Reforma?

por: Joaquim Tiago

As aparênncias enganam, como todo mundo já sabe. As aparências podem ser de muita semelhança, mas a motivação é que é diferente. Pode-se pegar o caminho certo, porem com sentido errado. Ou como já diz o ditado popular: “Não podemos confundir toucinho de porco com focinho de porco. Ou seria docinho de coco”?
A rebelião é o ato de rebeldia atravéz da ação de se rebelar. A bíblia nos diz que o pecado de rebeldia é como de feitiçaria (I Sm 15.23). O rebelde é o que desobedece, insurge-se contra.
A reforma é o ato de reformar, que é a ação praticada por quem quer reconstruir, mudar, corrigir. Da uma melhor forma e restaurar. A bíblia também nos fala sobre a renovação, principalmente do entendimento (Rm 12.1,2).
De qualquer jeito todos não concordam como esta sendo feito ou da maneira como são decidido as açãoes. Eles propõem insurgir ou mudar. Contudo fique claro uma questão, pouquissimos reformadores são rebeldes, mas quase todos os rebeldes não tem nenhuma intenção de reformas.
Os rebeldes só são rebeldes por que não concordam com que os atigem, no estado em que eles tem de mudar. Os reformadores, pelo contrario, já mudaram, dependendo da base para melhor, querem propor que os outros também mudem na sua forma de viver e de pensar.
Tudo é uma questão de MOTI-VAÇÃO, o que motiva nossas ações. Será que nós odiamos as instituições por que amamos de mais as pessoas? Quando não concordamos como esta sendo feito é por querermos fazer bem melhor na prática, na ação, no literal? Odimamos de mais as imposições por que na verdade amamos de “mais” a Deus sobre todas as coisas a ponto de não aceitarmos tais imposição? Odimaos as imposições por que em um mundo moderno e individualista não podemos aceitar algo que fira nossa “santa liberdade”?
Sabemos que a igreja enfrenta uma crise, e é uma crise de indentidade no vazio da pós-modernidade, em um mundo de ideologias consumistas. Mas como reajiremos, principalmente com nossas emoções?
Jesus foi um rebelde ou um reformador?
Em que Jesus desobedeceu a Lei?
A reforma e a retauração esta no amor e agora os mandamentos se resume em amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmo. O amor pode operar mudanças em nós e a rebelião apenas o ódio. Os fariseus tentaram encontrar erros Nele atravéz da “lei”, mas sempre erraram na forma como decidiam suas ações. Jesus não se rebela contra o que esta acontecendo, não foi um rebelde que morreu pelos nossos pecados! Jesus ensina a melhor forma de mudar as decisões atravéz do amor, amor a Deus e as pessoas.
Na idéia de fazer reforma somos motivados em muito por rebeldia que é fruto do ódio. Se queremos uma mudança, ela começa no verdadeiro amor e é onde muitos se perdem, instituições e pessoas.
Você não pode usar Cristo como modelo de rebeldia, mas pode tê-lo como parametro de mudanças atravez do amor. Comece a reforma em você e renove seu endimento, revejas suas motivações.
Atitude - Liberdade – Verdade