sábado, dezembro 08, 2007

SILÊNCIO


por: Joaquim Tiago

Um dia de angustia amanheceu em minha consciência e não sei mais o que fazer pra fugir dela. O sentimento que corre junto comigo e consegue me alcançar, fugirei e serei fuga de sabores experimentáveis.
A vida não é tão dolorida, as pessoas sabem causar dores uns aos outros, sabem como não viver. O dia vai e as conversas vem, vem falando de uma tristeza, de uma não alegria pregada sobre a ótica do imperfeito, da crise e de mudar para essa atmosfera do nunca, nunca que a vida tem satisfação e se tiver nos não queremos mais.
Nossa; quanta coisa pesada, pesado mais do que carregar os quilos adquiridos pelo medo, é...; um dia chama o outro e outro dia vamos tentar esquecer tudo isso, não é? Vamos tentar tomar nosso remédio matinal?
Olho pra minhas meias e lembro quando pude comprá-las, parece que sei quando foi, foi mesmo a um tempo, muito tempo que não sei mais se isso faz diferença. Que diferença faz, eu saber tanta coisa, tanto conhecimento adquirido, tantas palavras, tantos contos, histórias, construções do cotidiano, do meu cotidiano.
Valeu mesmo por aqueles que acreditaram ou que acreditam, valeu mesmo por toda confiança, eu continuarei lendo sobre a verdade, eu continuarei falando a verdade e um dia a verdade falara de mim, ela falara quem sou eu pra quem me revelei.
No caminho dum dia como este e como outro respiro fundo e sinto o ar de que a vida esta aqui e foi Deus que deu, vejo as coisas que ele criou, olho para algo que pode se renovar e renovação da graça, da pequena gota de água que ta ali e o vento ta soprando leve e sem muita força por aqui, depois de tudo que fizeram destruir e construir o progresso da mudança de vida que insistira pela vida eterna sem saber o que realmente é eterno. Sei o que é eterno, mas os que são eternos vão buscar coisas eternas ou eternidades passageiras da vida sem sentido.
Vou caminhado e meus passos me guiam por que estou sendo guiado, cada passo enfrenta os passados, os detrás das costas, por que vou enfrentado a frente, o que em frente vejo e percebo o que me dizem. O que me revela a vida que tenho, como motivação de sentimentos que correm comigo agora.
Será que devo fugir ou enfrenta-la? Ela esta rindo de mim agora, essa angustia desvalida, vou tentar rir dela. Mas entendê-la é o que me dói, é, ela quer que eu pare nesse trajeto todo! Quem sabe se devo descansar? Fico meio transtornado como penso nestas coisas, que coisas infindáveis e penso que eu não deveria ficar pensando.
Cansado como eu, não vou descansar! A luta é essa e a história faz parte! Enfrenta-la é minha resposta ao que me disseram. Cansei de ver o que me disseram, o que me dizem as pessoas que não querem que eu caminhe. Parem de ficar falando, teorizando sobre o que é essa caminhada, por que ela é minha. Posso lhe oferecer a mão para essa caminhada, para enfrentar-mos juntos ela, a angustia, vamos tentar juntos, você me puxa para trás, mas vou lhe puxar para frente, vamos pisar firme e renunciar as meias e os caçados por que eles desgastarão com passar dos passos, mas olhe para frente, para o que conquistamos, para o que nos mostra esse futuro deliberante sobre os ombros de quem enfrenta os próprios medos.
Vamos então nos calar, vamos silenciar e respirar, como forma de adoração. Vejo o doador dos planos. Pai, em tuas mãos estou e sobe teu governo eu vou, AMÉM!

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