quinta-feira, maio 14, 2009

Relacionar: A arte de (com) viver - parte 2

1. Independência (ou) é morte!
Gn 1.26

“_Quando vocês escolhem a independência nos relacionamentos tornam-se perigosos uns para os outros”. WILLIAN, P. Young - A Cabana, Pg. 112
“(...) ´O que Jesus faria?` (...) _Boas intenções, má idéia. (...) Ser meu seguidor não significa tentar ´ser como Jesus`, significa matar sua independência”. WILLIAN, P. Young - A Cabana, Pg. 136 e 137
“Há muito tempo, num jardim muito, muito distante. (título de uma cap. do livro A Cabana)” o homem preferiu a independência o que propiciou sua queda. O homem quebrou seu relacionamento íntimo com Deus por que preferiu ser autônomo com a vida. Bom... de lá pra cá todos sabem que proporções essa decisão trouxe para nós humanidade.
Quando aconteceu a queda perdemos a idéia de semelhança e ficamos com a idéia da imagem, perdemos o significado da semelhança e preferimos abraçar a imagem. A semelhança é nosso relacionamento com Deus e com sua realidade.
Fomos criados e materializado em imagem conforme, em forma, pela forma, de modo conforme a semelhança de quem Deus é de fato. Essa é nossa identidade, a semelhança do que Ele é. Essa era e deveria ser sempre nossa vida, a realidade espiritual.
Porém quando Adão e Eva comeram do fruto (Gn 3.2-7) achando melhor ser como Deus seus olhos logo se abriram totalmente para a imagem, e perceberam que estavam nus, perceberam e ficaram cativos a sua imagem, de um mundo de imagem e foram se cobrir com folhas por que tinham vergonha.

Por que tinham vergonha?
Por que já não havia a realidade da semelhança.
Aqui esta o início da nossa crise existencial, nossa crise de identidade, gerado pela serpente, pelo diabo na forma de dúvida e poder. Não queremos ser quem somos, mas sermos deuses, deuses de si mesmo. Para nós, não basta sermos humanos e dependentes, mas viver a realidade da imagem que somos para nós.
Assim surge a sensualidade que esta ligada ou presa aos sentidos. A sensualidade é uma filia (doença) dos sentidos. Ficamos escravos dos sentidos pela perca da semelhança do Pai eterno, não discernimos mais espiritualmente esse mundo, concluímos com nossas paixões e sentimentos.
Na concepção dos sentidos preso à idéia da imagem com os olhos da carne bem abertos passamos a trabalhar e fazer para sustentá-los. Os sentidos falam fortes e alto, precisa se alimentar, é o jogo da morte espiritual, assim faremos para si. Alimentar a sensualidade é alimentar a si mesmo. É preocupar consigo mesmo e com sua aparência. É viver de aparência.
Deixamos de ser pessoas para nos tornar indivíduos, deixamos de ter significado compartilhado para ter um significado individual. Colocamos e falamos o eu na frente de todas as coisas e isso nos faz indivíduos fortes e poderosos, do tipo: eu posso, eu faço, eu sou, eu me relaciono comigo mesmo, e por ai vai. Essa a independência tão sonhada. Cada um agindo por si e para si, alimentando os sentidos presos a sua imagem.

A busca da identidade na independência significa escravidão e morte.
O relacionamento reflete quem nós somos.
continua...

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