terça-feira, junho 16, 2009

O culto consciente da vida

Por: Joaquim Tiago

“Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus. Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.” Carta de Paulo aos Romanos – 12.1,2.

Um culto consciente só pode ser um sacrifício vivo. E o que é um sacrifício vivo quando todos pressupõem a morte? Só pode ser quando, mesmo vivo morremos num sacrifício mental. Num exercício da própria mente, do próprio pensar ou deixar de fazer o mesmo em função de renunciar.

É onde existe consciência do culto que se presta, que nos põe a tomar boas atitudes, boas ações. É o lugar da razão não apenas como lógica, mas intuição vinda de uma inspiração existencial da fé.

Não é apenas crer na mente nem na racionalização, mas no autor da fé que faz caminhar intuitivamente exercitando conscientemente sacrifícios vivo dos meus pensamentos transformado em atitude.

Ter consciência é pensar o tempo presente para agir conforme ao que creio. O verdadeiro culto no sentido é um sacrifício sempre nessa vida, é o sacrificar não para morte, mas para fazer morrer para ser vida verdadeira e em abundancia.

Então viver é morrer? Em Cristo a morte se faz vida! É vantagem!

Assim que consciências têm dos cultos que freqüentamos religiosamente todos os domingos? Ou melhor, existe consciência nesses sacrifícios da religião?

O problema não é só porque não queremos pensar, mas também não queremos crer. Não queremos depender dentro do viver sacrificando o próprio pensamento de si. Não há reflexão nos cultos do consumo e assim não arrependemos de fato de certas atitudes, somos de fato convencidos, instigados, forçados e adestrados.

Como vamos mudar de atitude se não sabemos nem porque fazemos determinadas coisas, arrepender não é apenas ter uma nova regra de conduta, mas uma nova consciência de vida. Essa consciência é uma completa mudança da mente sacrificando não apenas porque vai da “certo” mas porque eu creio e crer é fundamental.

É mudar minha visão do mundo conforme o Rabi de Nazaré, o Emanuel que teve compaixão das pessoas humildes por não terem pastores e teve revolta dos mercadores na porta do templo, sem consciência do que é um culto.

Viver é cultuar na cultura do nosso tempo, refletindo, meditando o arrependimento. Viver é estar no meio dos homens, os próximos, amando como um samaritano pelo caminho da verdadeira vida e não essa de ilusões vendida a cada domingo pelo fantástico mercado da mídia. Viver não é um culto de lógica onde quem ganha é quem sabe negociar, mas aquele que entrega sua vida pelo sacrifício de amar já encontrou o verdadeiro ganho dos homens cuja terra nunca foi digna, cuja fé foi inabalável.

O culto do Reino de Deus é a adoração que nós oferecemos a Ele através do seu serviço, é a completa mudança de mente onde conhecemos sua vontade. Assim nos oferecemos a Deus como um sacrifício na vida e não na morte, vivendo não como as pessoas deste mundo que estão perdendo sua vida tentando ganha-lá, tentando preservá-la.

Guarda a vida do verdadeiro sentido do culto é não querer mesmo refletir, não querer ter consciência, é se acoplar num método religioso das facilidades materiais. Guardar a vida é atrofiar a mente da intuição e reflexão. Vida de um religioso só tem sentido em sua repetição sem mudança, para no mais repetir domingo a domingo o alvo de se dar bem.

Nosso desafio agora é fazer do culto exercício de nossa consciência da fé e da vida no sacrifício servindo a Deus. Então se prepare para ação do Espírito na reflexão do tempo e cultura.

Traremos sempre aqui o resultado da revelação do nosso culto na mudança de mente.

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