terça-feira, agosto 11, 2009

Psicologia e fé cristã


por: Russel Shedd

Ataques ferrenhos contra o cristianismo bíblico têm sido lançados de múltiplas direções. Dos campos psicológico, filosófico, biológico, para não mencionar o religioso, aparecem razões para descrer do Evangelho.

Karl Marx tentou derrubar a fé cristã pelo determinismo materialista. Charles Darwin lançou sua teoria evolucionista há quase 150 anos, mas ela continua fazendo vítimas em nossas escolas e universidades. Para Darwin, as incríveis maravilhas da Criação nada mais são do que um processo natural que age por acaso durante bilhões de anos.

Sigmund Freud dirigiu seu ataque contra a própria existência de Deus. Postulou que o conceito de Deus é uma projeção da mente que cria um pai substituto, necessário para a estabilidade emocional de pessoas fracas e medrosas. Os historiadores atacam as raízes do cristianismo questionando a veracidade dos eventos centrais da fé. A mídia acrescenta seu apoio, publicando artigos e passando documentários que lançam dúvidas sobre fatos centrais, como o nascimento virginal de Jesus, sua ressurreição e ascensão. O que resta para a fé agarrar não passa de cascas e folhas. A substância é anulada e desacreditada.

Dr. C.G. Jung, um dos mais venerados psicólogos da última geração, escreveu um livro intitulado Modern Man in Search of a Soul (O Homem Moderno em Busca da Alma). A tese do seu livro é que um analista precisa fornecer para seu paciente, enfermo emocionalmente, uma fé que o ajude a vencer o temor da escuridão. Tem que ajudá-lo a vencer o desespero e a desilusão no mundo que domina sua vida. Precisa de alguma percepção (insight) que o permita alcançar saúde emocional.

Para este reconhecido psicólogo, todo ser humano, sem nenhuma exceção, precisa de, pelo menos, quatro coisas:
1) Amor; 2) Fé; 3) Esperança; 4) Compreensão.
Jung confessa que o pensamento humano é incapaz de dar ao paciente o que ele necessita: fé, amor, esperança e percepção (Vernon Grounds, Psychology and the Gospel, Seminary Study Series, Denver, CO, s/d). Unicamente o Evangelho fornece estes elementos essenciais ao bem-estar do homem.


O EVANGELHO SUPRE O QUE O HOMEM PRECISA

O Evangelho mantém suas mais profundas raízes no amor de Deus pelo mundo que se autodestrói pelo seu egoísmo, inveja e orgulho. O Evangelho não somente exige fé em Deus, bem como no Senhor Jesus que, “embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo” (Fp 2.6,7). Ofereceu-se em sacrifício para expiar os pecados do mundo. A salvação do pecado e da culpa tem na cruz de Cristo um evento ímpar, pelo qual podemos confiar que nossos pecados foram pagos definitivamente.

Nas verdades centrais da Bíblia encontramos esperança da vida eterna. A morte seria aterrorizante se não fosse a esperança que abre a porta que conduz ao paraíso. A percepção é mais um presente valioso que os regenerados possuem. Pelo autoconhecimento que a Bíblia providencia, podemos tomar dois passos gigantes em direção à saúde emocional.

Primeiro, alcançamos a verdade segura do porquê de nossa existência. Nascemos para glorificar a Deus e alegrar-nos nEle para sempre. Segundo, uma vez sondados e examinados pelo Espírito de Deus (compare João 16.8,9), percebemos nossa pecaminosidade. Infectados com a doença mortal do pecado, não estamos em condições de comparecer diante do Deus que é absolutamente santo sem sermos condenados. Somente esta percepção nos levará a um arrependimento genuíno. Somente arrependimento real nos permite abraçar a fé que perdoa e salva. Experimentamos a graça libertadora e transformadora do Evangelho.


CONCLUSÃO

Não imagine, por um minuto sequer, caro leitor, que o cristianismo não tem nenhuma defesa eficaz contra os múltiplos ataques lançados pelos intelectuais secularizados. Convincentes argumentos, devidamente fundamentados na verdade histórica do Evangelho, respondem coerentemente aos desafios do passado e do presente. Saúde emocional e paz são as recompensas recebidas pelos que crêem.

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