Por: Joaquim Tiago
Pensamos quase sempre que a vida é nossa e fazemos dela o que bem pensar, somos autônomos e não queremos alguém na interferência. É o mundo particular cercado de proteções e defesas.
Realmente a vida foi dada a você. Se for sua eu já não sei? Pela impressão que temos é que estamos governando, tomando decisões corretas. Para alguém interferir vai ter que pedir permissão, ou saber negociar sobre o que pode ser bom, neste caso acho que para você. As relações aparentemente interessantes são formadas na ótica do que posso aproveitar e do que vou ganhar.
O que acontece quando as pessoas não participam da vida que temos? Será que vivenciamos o que somos, ou vivemos nossas ilusões? Vivemos nossas solidões? O que é pensar na vida onde ela tem dono e cada um cuida da sua?
Estamos em grande escala cuidando do que temos e defendendo nossos direitos, não importando muito com que as outras pessoas estão pensando. Cuidar da própria vida é a lei mais respeitada no século XXI e que os outros cuide de si.
Quando cada um cuida de si, em si mesmo a vida morre, por já não podemos ou sabemos CONVIVER.
Você ja parou para pensar sobre a convivência que gera vida e que faz dela uma novidade transformadora? O sistema é a escola da não convivência quando cada um esta perdidamente preocupado em proteger o que pensa e o que é seu. O que é vivo se perde, perdeu a vida pela má convivência. Perdeu a vida convivendo no seu quartel general defendendo-o com as barreiras emocionais, mostrando quem você não é porque o outro também não parece ser.
Se já não sabemos conviver e nem participar da vida do outro a cultura se transformou em uma cultura de morte. Desmatamos na má convivência com a natureza, matamos convivendo mal com os impostos arrecadados e mal distribuídos, convivemos extrapolando e esbanjando comida em quanto o outro não tem alimentação básica, convivemos com o desprezo envolvidos com ideologias de consumismo desenfreado; pensando em ser belos e marcados enquanto outros amarga a falta que faz não ser uma celebridade e também por isso tem que roubar.
Partilhar a vida não é assistência passageira, mas ver nosso meio com bons olhos e com melhoras. Mas e a lei do cão? Como faremos com a maldade que domina o sistema de morte? Para que vou pensar no outro? Abrir espaço a alguém é pedir para ele levar a melhor sobre mim? Essa são as mensagens da escola que vivenciamos todos os dias nas provas que temos. Criamos os círculos fechados e os sionismos hiper-moderno para culturas de classes, principalmente financeiras. Criamos os medos e vemos o mundo como algo estranho e difícil de conviver, soterrados nas armadilhas do eu.
Bom, mesmo que você não ganhe nada vai receber a própria vida!
Fuja da cultura de morte e procure identificá-la para que encontre vida. Conviva sem medo para que a cultura não mate o partilhar do que somos como um todo e não apenas um. Saber viver é saber conviver, é a participação do bem comum, do entregar-se a favor ao outro por tempo necessário que exista fora do tempo do progresso.
Foi por ai que o Mestre nos ensinou, Cristo, aquele que se entregou por nós. Quem preservar a “sua” vida não viverá, e quem partilhar perdendo por amor de mim vai encontrá-la, creio que na própria convivência (Mt 10 : 39).
Não preserve mais o que você esta perdendo, encontre partilhando, convivendo.
Deixe que as pessoas participem da sua vida!
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