"A Reforma é um Catolicismo que fez dieta."Caio Fábio
sexta-feira, outubro 23, 2009
quarta-feira, outubro 21, 2009
Covil de Ladrões
Havia muita gente naquele lugar, vinham pessoas de todas as vizinhanças principalmente nos dias de festas tradicionais marcadas no calendário judeu, festas oficiais que vigorava dentro da lei. Todo mundo queria fazer sua “adoração”, cumprir seu voto e agradecer pelo resultado da colheita, pelo nascimento de um filho, o livramento da morte e outros afins.
Neste grande aglomerado de gente não podia faltar ela, a mãe dos negócios “bem feitos”, a progenitora dos burgueses, o encontro dos escambos, também uma das filhas do acumulo, da fartura, e do mercado. É..., Ela mesma: A feira. Neste caso, próximo ao templo, em suas margens, é a grande feira “gospel” de Jerusalém, onde cada pessoa podia comprar sua “adoração”.
Uma feira interessante, neste shopping ao ar livre, tinha-se muitas coisas, de pombas para pobres a carneiros sem defeito para ricos. Existia nesta feira uma figura histórica que fazia sua participação ativamente, ele agia com o câmbio ou como cambista onde nasce o nome da sua mesa de negócios. Jerusalém estava neste tempo sob domínio político e quase cultural de Roma, e numa grande jogada de markting os donos de “gravadoras”, “lojas” só estavam aceitando dinheiro Romano. Isso fez com que todo o povo de Jerusalém, toda redondeza fossem obrigados a trocar a moeda no câmbio para ir até o negociador e adquirir o seu “sacrifício” e fazer sua “adoração”. Uma prisão sócia econômica feita por Roma e aceito pelos sacerdotes que já tinha uma comissão dos cambistas, tudo em nome da boa fé vinda do povo. Para os feirantes de todos os tempo o lucro é o fim que importa, os meios são sempre os meios.
O Profeta de Nazaré não gostou nem um pouquinho do que estavam fazendo e literalmente “chuta o pau das barracas”, quebra tudo, expulsa os mercadores, expulsa os vendedores de “adoração”. O Profeta atrapalha todo negócio, atrapalha todo comércio que se fazia ali naquela feira “gospel” dos crentes de Jerusalém. Imaginem só a situação, o povo aclamando o Nazareno, todos em sua volta, um bando de gente simples, acompanhando o Mestre e repentinamente, quase como uma incitação a revolução, o Rabi se volta contra os lojistas e quebra, sai quebrando tudo. O Rabi Nazareno olha para o povo e olha para esses mercadores e a única revelação de que lhe vêem a mente é: “Covil de Ladrões”. Transformaram a casa do Pai em um buraco onde vocês se escondem e fazem seus negócios abusando da boa fé do povo, da ética e aproveitando do domínio cultural vindo do império. O Profeta de Nazaré em Jerusalém diante da feira “gospel” não foi nem um pouquinho “gospel”. Alguns dos empresários, financiadores de “adoração” possivelmente falaram da seguinte forma: “Esse camarada esta fora da ‘visão’!”. “Esse é contra a ‘visão’!”. E Caifaz com sua turma comentaram horrores, até a morte. Chegaram a conclusão que teriam de encontrar alguma coisa onde podiam pegá-lo, onde ele fosse morto.
E o Profeta continuou ali curando, realizando milagres e atendendo a gente simples. As crianças realmente adoraram, delas veio mesmo o perfeito louvor.
Entendo que o maior problema que tenho com a vida e vejo em outros é a relação com o poder. O que fazer com ele? Como no belo romance de J. R. R. Tolkien em “O Senhor dos Anéis”:
“O Um Anel é o instrumento máximo do poder. Poder esse que até Gandalf preferiu não arriscar, deixando o fardo para Frodo. E cabe ao pequeno hobbit o dilema da saga: ter o poder não é possuir o Um Anel, e sim destruí-lo. Frodo deve então renunciar ao poder porque ele corrompe. Só assim ele será capaz de destruir Sauron.”
Ter uma feira “gospel” e contar com a boa fé dos crentes pode ser o instrumento máximo de poder. O poder do lucro, do reter, da ganância e o da ilusão pensando em “visão”. Mas o que fazer com o poder que corrompe?
A feira era “gospel” mas não era de Cristo, havia “adoração” mas não havia serviço, havia sacrifico, mas não havia entrega. Cristo é entrega, ou o que se entregou. Ele é a renúncia. “Ele renunciou a si mesmo e se entregou por nós”.
Você adora quando serve e entrega e não quando compra e paga pelos pecados. Os pecados já foram pagos e hoje é tudo pela fé e via graça e de graça.
Assim de graça recebeste de graça entregaste.
“Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração.” Mt 6:21
segunda-feira, outubro 19, 2009
O QUE VEM PRIMEIRO: A CRIAÇÃO OU A REDENÇÃO?
domingo, outubro 11, 2009
Pós Modrnidade e Modernas Instituições
Eu posso estar redondamente enganadoeu posso estar correndo pro lado erradoMas a dúvida é o preço da purezaE é inútil ter certezaInfinita Highway – Engenheiros do Hawaii
- o desafio requer verdadeira espiritualidade;
- cruzadas evangelísticas e séries de conferências, como praticadas na maior parte das igrejas, são relíquias antiquadas de uma visão de mundo “moderna” em declínio;
- o conceito racionalista e mercantilista de “plano da salvação”, desenhado para atingir-se o maior número de pessoas no menor tempo do possível, está definitivamente ultrapassado;
- ser cristão tem de ser mais do que evitar-se a punição do inferno;
- a igreja deve parar de fazer declarações proposicionais a respeito de Deus enquanto ignora a necessidade que as pessoas têm de uma experiência com ele;
- os cristãos devem parar de “convidar as pessoas para ir à igreja” e começar a convidar as pessoas a conhecerem Cristo através delas.
quarta-feira, outubro 07, 2009
O bicho
por: Paulo Brabo
(…)
Esse processo de se tornar um indivíduo é, aparentemente. muito custoso – tão custoso que preferimos investir todos os recursos disponíveis em evitar enfrentar essa batalha de frente.
Salvo engano, é por essa razão que gastamos tanto tempo investindo num egocentrismo que é, paradoxalmente,autodestrutivo. Quando nos fixamos na satisfação do ego, seja na glorificação da imagem pessoal ou na satisfação dos apetites,acabamos sendo privados do raro prazer de descobrir quem de fato somos.
A farsa mais poderosa do egocentrismo está em que ele acena com a ilusão de que estamos pensando sobre nós mesmos e buscando a nossa própria satisfação, quando estamos na verdade sendo prisioneiros dos outros e da sua vontade.
O problema essencial com o pecado está em que ele consiste em condutas e posturas que nos parecem tão evidentementevantajosos para a satisfação do ego – mas que são cuidadosamente planejados por regiões sombrias de nós mesmos de modo a impedir que cheguemos ao conhecimento de quem realmente somos.
O que a individuação requer é que deixemos de lado todos os confortos, ilusões e subterfúgios e encaremos de frente o vazio. A realidade a seco, sem gelo.
Qualquer coisa que se interponha nesse processo de individuação (“para que vocês sejam um”) é o que se chama em outro lugar de pecado.
O Filho do Homem
sábado, outubro 03, 2009
Natureza de Exploração
Por: Joaquim Tiago
Quem criou o mundo em que vivemos?
Qual deles? O mundo natural ou o da natureza dos homens?
O homem não criou a natureza física em que vivemos. É parte dela e dela aproveitou para manipular seus elementos. Mas com que natureza de espírito agiu assim?
Durante muito tempo o homem sabia que não podia enfrentá-la e por isso vivia-se numa parceira circular, sabendo dar e receber. Mas como que seguindo o instinto de natureza “terrena” resolveu dar o mínimo e tirar bem mais do que pode. Assim aprendeu a reter e negociar.
O homem moderno criou um “novo mundo”.
O novo mundo deu ao homem uma nova natureza de ser (existir). “Fazendo-se de sábios tornaram-se loucos”. Conquistar, insurgir, dominar, forjar, explorar e ter domínio da razão.
O nosso novo mundo onde vivemos não é tão natural, é sim artificial. Não participamos compartilhando, participamos usufruindo e consumindo. Essa é a consciência que nos resta e aponta para o fim da história.
Seu mundo
Nosso novo mundo é nosso em cada pedaço, de cada fatia e agora multifacetado em pequenas ideologias (rimou).
Chegamos ao absurdo onde cada um tem seu próprio mundo. Seu mundo é onde vivência e faz suas próprias leis “terrenas”. Assim estamos em um mundo de vários mundos, de várias faces e de cada contexto vazio e pequeno; porém defendido e entrincheirado. Por isso é que vivemos a guerra do cotidiano, “cada por si, e deus em nenhum” !
O mundo em que vivemos é o meu mundo e essa é a minha natureza.
Quem esta no mundo do meu mundo? Eu mesmo!
Eu mesmo faço parte dele e quem quiser entrar tem que pagar ingresso. Cada um quer para si aproveitar do outro.
Eu, eu mesmo e meu mundo
A natureza dos homens não é mais humana. O humano é que ficou cativo ao individuo, subjugado ao vícío de seu próprio ego. O ser que é só, solidão.
A natureza dos homens agora é apenas terrena, termina aqui sem infinito.
Nesta consciência de si a natureza é feita para explorar, é uma natureza de exploração que da sentido a vida que sou em meu pequeno e insignificante mundo.
O homem abraçou a morte em vida onde se cuida e preserva o passageiro em detrimento ao eterno.
Se existe outro mundo que requer outra natureza de vida o que faremos com essa? O que faremos com esse eu e pensamento que também me explora e me escraviza?
“Eles não são do mundo, como eu também não sou.” Cristo – Jo 17:16