segunda-feira, agosto 31, 2009

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Caros e importantes amigos.
Breve o blog estará mudando de endereço.


O novo endreço será:

http://filosofiaprimeira.wordpress.com/


Agradeço a compreenção de todos e espero que continuem acompanhando!
Ainda estarei postando neste também.
Joaquimtiago Bill

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quarta-feira, agosto 26, 2009

Chorando pela Semeadura

Quando o SENHOR Deus nos trouxe de volta para Jerusalém, parecia que estávamos sonhando.
Como rimos e cantamos de alegria! Então as outras nações disseram: "O SENHOR fez grandes coisas por eles!"
De fato, o SENHOR fez grandes coisas por nós, e por isso estamos alegres.
Ó SENHOR, faze com que prosperemos de novo, assim como a chuva enche de novo o leito seco dos rios.
Que aqueles que semeiam chorando façam a colheita com alegria!
Aqueles que saíram chorando, levando a semente para semear, voltarão cantando, cheios de alegria, trazendo nos braços os feixes da colheita. Salmo 126

Por: Joaquim Tiago

“Se Deus colocou uma semente em meu coração é para ela ser semeada, mesmo com choro e dor.”

Palavra ministrada pela manhã de um sábio pastor amigo. O que tocou fortemente é realmente saber da sempre existência do choro (esforço) acompanhado a semeadura.

Eu não sei se é a própria ânsia de ver nascer ou o desanimo e falta de esperança de que não brote alguma vida. Dentro de plantação esta lá o problema do solo e das ervas daninhas sempre prejudicando.

Brevemente concluo buscando pelo mesmo caminho do Criador da semente, que a missão é plantar, E NÃO PODE SER EM VÃO! De forma sábia e paciente, o restante do processo milagroso do nascimento e morte já não cabe mais ao semeador.


A Ele toda glória, sempre!

terça-feira, agosto 25, 2009

O SENTIDO DA VIDA


Por: Ed René Kivitz, 2009

Estudo publicado pela revista britânica Journal of Humanistic Psychology diz ter concluí­do qual é afinal o sentido da vida. Pelo menos na visão de 17% (o maior grupo) das 200 personalidades marcantes cujas palavras foram analisadas por uma equipe de psicólogos americanos, “a vida é para ser desfrutada”. Entre os que partilhariam dessa visão estão o ex-presidente dos EUA Thomas Jefferson e a cantora Janis Joplin, que morreu aos 27 anos. Em segundo lugar, aparecem aqueles que acreditavam que o sentido da vida é “amar, ajudar e prestar serviços aos demais”. Neste grupo estão o fí­sico Albert Einstein e o líder indiano Mahatma Gandhi. Mas há também os pessimistas, para quem a vida simplesmente não tinha sentido. Onze por cento, segundo o estudo, pensavam dessa forma. Entre eles Sigmund Freud e os escritores Franz Kafka e Jean Paul Sartre. Finalmente, um menor número de estudados pensava que a vida é simplesmente “uma piada”. Entre os tais estão o cantor Bob Dylan e o escritor Oscar Wilde.


Acredito que se fosse entrevistado por este grupo de psicólogos, marcaria X em todas as alternativas. Estou entre aqueles que acreditam que o sentido da vida está em viver. O mistério da vida se resolve passo a passo, quando somos capazes de realizar com dignidade o sentido embutido em cada momento e situação. Por isso, o sentido da vida não se equaciona na elucidação dos grandes mistérios, nem no êxtase dos grandes eventos, feitos, ou experiências arrebatadoras. Harold Kushner disse que “tentar encontrar a Grande Resposta para a Grande Pergunta a respeito do problema da vida é como tentar comer a Grande Refeição, para nunca mais ter de se preocupar com a fome”. Jesus ensinou que devemos buscar o reino de Deus e sua justiça a cada dia, vivendo o hoje e deixando o amanhã nas mãos do Pai Celestial.


Amar, ajudar e prestar serviços aos demais? Claro. Egoí­smo e narcisismo são da mesma famí­lia da infelicidade, pois qualquer que pretenda encontrar sentido em si mesmo vai se decepcionar. Jesus ensinou que Deus é amor e, portanto, acredito na máxima que diz que quem “não vive para servir, não serve para viver”.


Mas há também os pessimistas, para quem a vida simplesmente não tem sentido. E com eles me solidarizo. Os filósofos existencialistas ocupam lugar de honra em minha biblioteca. Também faço suas perguntas. Também sofro a ausência de respostas para muitas delas. A Bí­blia ensina que os dias são maus, pois esse mundo é mau, já que tem como seu deus o Maligno. Não fosse a paz que Jesus dá, paz que o mundo desconhece, eu não suportaria a maldade e as fatalidades que acometem pessoas inocentes e, se não totalmente inocentes, certamente não mais culpadas do que eu.


A afirmação de que a vida é simplesmente “uma piada” também faz eco no meu coração. Mark Twin disse que “ninguém tem mais saúde do que aquele que é capaz de rir de si mesmo”. Por isso é que Deus de vez em quando “morre” de rir (Salmo 2.4). Que pena que os pessimistas que consideraram a vida uma piada riram sozinhos, melancólicos, irônicos e se deixaram vencer pelo cinismo e a amargura de alma. Que pena que não aprenderam a rir com Deus. Deus logo após se rir da patética configuração que os homens deram ao mundo, começou a chorar. E porque tanto amou os homens e seu mundo, invadiu a história para redimir tudo com o poder da cruz de Jesus e a vida que deixou vazio o túmulo onde o sepultaram.


Imagino como se comportariam Thomas Jefferson e Janis Joplin, Albert Einstein e Mahatma Gandhi, Sigmund Freud, Franz Kafka e Jean Paul Sartre, Bob Dylan e Oscar Wilde, na maioria dos auditórios evangélicos, por exemplo, na cidade de São Paulo, no próximo domingo. Fico a me perguntar se ouviriam algo que lhes fizesse sentido, uma palavra relevante, uma resposta inteligente. Considero se ficariam impressionados com a reverência no ambiente ou se seriam tomados de temor diante de um povo em profunda adoração. Devo confessar minha incredulidade. Acho que sairiam sacudindo a cabeça, indiferentes, ou até mesmo com mais motivos para o cinismo, o pessimismo, a blasfêmia e a chacota. Paradoxalmente, isto não me desmotiva, nem enfraquece minha fé. Na verdade, revigora minha fé e me faz ser grato a Deus, pelo Espírito Santo que constrange o coração humano, razão pela qual as pessoas continuam sendo convertidas a Deus. Pessoas que eu jamais acreditaria fossem se converter. Inclusive eu.

Fonte: IBAB

Liderança não é para qualquer um


Por: Ed René Kivitz

O exercício da liderança é um privilégio e uma responsabilidade de poucos. Usando nossa linguagem teológica, as "pessoas dons" (Efésios 4: 11) são sempre em número muito menor do que as "pessoas com dons" (Efésios 4: 12).


As pessoas dons são responsáveis pela eficácia (fazer as coisas certas) e a eficiência (fazer as coisas da maneira certa) da organização. Quando você tem um problema de liderança, você tem um problema de líderes, e não de liderados. Espera-se, portanto, que os líderes sejam líderes, isto é, tenham no mínimo, uma visão clara do futuro para onde conduzem seus liderados, uma sensibilidade aguçada para que este futuro seja fruto dos sonhos e anseios dos liderados e um senso de responsabilidade para com a organização/organismo, pois os líderes não são servos dos liderados, mas servos da visão comum. Servir os liderados é a maneira como os líderes servem à visão, e não sua finalidade essencial.


Diante destas responsabilidades, acredito que ninguém será capaz de exercer satisfatoriamente a função de liderança, sem o desenvolvimento de pelo menos três capacidades.


A capacidade de conviver com a solidão.
Líderes são líderes porque enxergam, percebem, sentem, sabem, estão dispostos a sacrifícios, possuem paixão diferenciados em relação aos liderados. Um líder na média dos seus liderados é um liderado que está no lugar errado, a saber, ocupando a posição de líder. Águias não voam em bandos.


A capacidade de tomar decisões impopulares.
John Kennedy disse que o segredo do fracasso é "tentar agradar todo mundo". O líder deve sempre tentar construir consenso, mas deve ter coragem para tomar decisões e assumir responsabilidades. Caso contrário, será um "facilitador de discussões", e não um líder de fato.


A capacidade de conviver com críticas.
Como se diz no popular, "nem Jesus Cristo agradou todo mundo". Nesse caso, uma vez que o líder se posiciona, assumindo sua responsabilidade de levar todo mundo rumo ao bem comum, certamente contrariará interesses particulares, e conseqüentemente será alvo de palavras duras e imerecidas. Sempre.


Eis as razões porque o exercício da liderança não é para qualquer um.

Fonte: IBAB

segunda-feira, agosto 24, 2009

sexta-feira, agosto 21, 2009

Música Secular


por Bráulia Ribeiro


Sobre música do mundo, e música do
(sub, sobre, extra, fora, ex, pàra, outro??) mundo



Conheci pessoalmente o Don Richardson, missionário na Papua Nova Guiné, autor do best seller “O Totem da Paz” entre outros livros, amigo, homem humilde e que honra o trabalho que nós brasileiros fazemos entre os índios do Brasil. Numa entrevista particular uma vez, meu marido lhe perguntou: Se voce tivesse de começar de novo, o que faria de diferente no seu ministério entre os sawis? Uma pergunta delicada, na verdade um eufemismo para: - “qual foi o grande erro que você cometeu e que não repetiria se tivesse uma nova oportunidade?” Ele pensou, pensou, o que é um bom sinal... E finalmente disse: - Duas coisas; primeiro eu não teria traduzido corinhos da igreja Indonésia para a igreja Sawi, e o segundo teria usado dramas ao invés de pregação falada para ensinar o evangelho...


Pode parecer pouco para os não iniciados, mas para nós antropo-etno-linguo-teo-missionários foi a admissão de um grande erro. Ele estava dizendo que teria introduzido o evangelho numa forma cultural sawi e não na forma estrangeira... A maneira de cultuar, a maneira de pregar usada pelos sawis que são quase que 70% cristãos, é estrangeira, eles louvam indonesiamente, talvez até saibam cantar: ...”sim Deus é bom”... na sua própria língua.


Vamos sempre a cultos missionários, tristes a meu ver, quando se canta “yes God is good”, sim Deus é bom e por aí afora em muitas línguas, crendo-se que o grande propósito de Deus para o universo humano é formar na terra uma imensa e uniforme igreja evangélica.


O erro que Don cometeu, também cometeram os que primeiro nos pregaram o evangelho, e também continuamos cometendo nós líderes cristãos do Brasil de hoje. No último encontro nacional de JOCUM que se crê vanguarda e as vezes é perseguida por ser mesmo vanguarda em alguns aspectos, na frente de quase mil jovens, liderando uma reunião pedi que a equipe de louvor tocasse “Velha Infância” dos Tribalistas para louvarmos a Deus com intimidade. Ao mesmo tempo em que a música trouxe um espírito doce e especialmente terno para toda a platéia, encheu a boca e o coração dos jovens presentes de alegria, muitas pessoas se escandalizaram, e o líder do louvor teve que enfrentar muitas caras feias até o último dia...


Gosto de tocar “Um índio” de Caetano Veloso quando prego em congressos, e Maria Maria, do Milton que considero músicas essenciais no entendimento de nossa identidade brasileira. Infelizmente nosso Jesus evangélico não é brasileiro. Ele é internacional, e por internacional leia-se americano-europeu do norte. Este Jesus fala inglês, louva medievalmente para algumas denominações e hosana-music-vineyard-mente para outras. Mas como um religioso fariseu, coloca-se sempre à parte da cultura, acima dela, desprezando-a completamente ao invés de restaurá-la, redimí-la, legitimá-la, comunicando-se com ela. Este Jesus fariseu-evangélico ora pelas praças usando shofares se proclamando santo e desprezando tudo e todos ao seu redor. Fala num jargão de gueto cultural, e se comunica apenas com seus “iniciados” e sua mensagem é obsoleta e irrelevante para a população em geral.


Um dia numa conferência ouvi um pastor repreender em nome de Jesus “a cultura africana de nosso meio”. Coisa triste. Não me admira que na Bahia cresça tanto o número de negros que buscam sua legitimação étnica no Candomblé. Formas culturais, danças, músicas ritmos, não são pecadoras ou santas em sua essência. São formas, vasilhas, caixas na qual se depositam as bençãos de Deus, ou maldições... Na mesma conferência me deram vinte minutos para dizer algo, e num acesso de loucura pintei a cara de índia e disse que ainda veria o mesmo povo louvando ao som de centenas de tambores baianos numa timbalada poderosa e santa. Queixos se deslocaram do lugar, cabelos se arrepiaram de horror, mas inúmeras pessoas se sentiram “misteriosamente” livres para amarem quem são suas músicas, suas danças, curtirem MPB e dançarem danças africanas em homenagem ao Deus que criou todos os povos.


Baby do Brasil a cantora, há um tempo atrás, numa conferência me disse que viu o Espírito de Deus de maneira maravilhosa ungir a música “Brasileirinho” e centenas de pastores dançarem ao som do chorinho símbolo do Brasil... É o fim dos tempos? Será que estes pastores se “secularizaram” de maneira perigosa? Ou será que a revelação de que Deus nos ama a nós brasileiros como somos em todas as nossas manifestações culturais está chegando ao Brasil?


Fico com a última opção. Deus é amor, não é fariseu, exclusivista, preconceituoso, racista. E além de tudo, só nós ainda não sabemos, Deus é brasileiro.



Via: PavaBlog
Fonte: Jocum

quinta-feira, agosto 20, 2009

Legado da crise


Por: Leonardo Boff


Legado da crise: qual o melhor sonho para ser realizado?
Há caminho para um futuro seminal para a
humanidade
A crise atual está destruindo a esperança de grande parte da humanidade, especialmente dos jovens. Há um vazio de sonhos e causas que possam mobilizar as pessoas. Miguel d’Escoto, presidente da assembleia da ONU, disse que "o legado dessa crise será uma batalha de alcance global em torno de ideias, melhor dito, em torno de qual sonho será melhor para a humanidade e para a Terra".

Tudo geralmente começa de baixo, de algo que parece insignificante, mas está na direção certa e carrega as potencialidades do novo. Foram essas ideias que me vieram à mente, ao participar do 12º Encontro de Comunidades Eclesiais de Base (CEB) em Porto Velho, Rondônia, em meados de julho. Lá estavam mais de três mil pessoas, representantes de cerca de cem mil comunidades, vindas de todos os cantos do Brasil. O tema formulado foi "Do ventre da Terra, o grito que vem da Amazônia".

Participei de grupos e das plenárias. Fiquei extasiado com o nível de consciência acerca das questões ecológicas locais e globais, do aquecimento global e da tragédia que pode advir a toda a humanidade, caso não mudemos nosso modo de ser. O que mais os preocupava era o impacto dos grandes projetos previstos para a Amazônia: mais de 50 hidrelétricas, mineradoras, siderúrgicas e abertura de estradas. Indignação causava o avanço do agronegócio e da pecuária sobre a floresta e o cerrado.

Curiosamente, davam-se conta de que tais macroprojetos estão dentro da lógica do modelo de crescimento, atrasado, que se impõe de cima para baixo, sem dialogar com as populações locais - indígenas, seringueiros, ribeirinhos, quilombolas e outros. Esses resistem, fecham estradas, cercam as obras para obrigar os diretores a dialogar com eles. Mas sabem que tais projetos serão feitos sem qualquer consideração. Eles querem mostrar que se pode fazer de outro jeito e até buscar alternativas menos agressivas à natureza.

Foram analisados em detalhe os cinco gritos que irrompem da Amazônia: o dos povos originários, obrigados ao traslado e a perder as suas terras, tradições e culturas; o da terra, grilada e devastada pela ganância de lucro; o das águas, muitas delas contaminadas pelo mercúrio dos garimpos, matando peixes e tirando a subsistência dos ribeirinhos; o das florestas sendo derrubadas. Para eles, é claro: o problema não é o chão que é pobre, mas o que está em cima dele, como plantas, animais, os milhares de insetos, enfim, a biodiversidade; a missão da Amazônia não é ser terra para soja, cana ou gado, mas ficar de pé a fim de garantir o equilíbrio dos climas mundiais, assegurar a umidade para longínquas regiões atingidas pelos "rios voadores" que saem da floresta, pois cada grande árvore lança na atmosfera por dia cerca de 300 litros de água em forma de umidade. Finalmente, o grito das cidades, 40% delas sem água encanada e 80% sem esgoto.

Tiraram-se conclusões claras: as CEBs não devem ser apenas comunidades eclesiais, mas também ecológicas de base, coisa que está presente na própria sigla CEB. Importa assumir a "florestania", quer dizer, a condição de cidadãos da floresta preservada, apoiando movimentos populares e partidos políticos ligados à transformação social.

Ecoou nos quatro dias o lema do extraordinário bispo da floresta dom Moacyr Grechi: "gente simples, fazendo coisas pequenas em lugares pouco importantes, quando unidos, fazem coisas extraordinárias". A gente das CEBs está fazendo milagres. Aí há caminho e um futuro seminal para a humanidade.

Deus não planta árvores, dizia o bispo. Planta sementes. Entre elas, estão as CEBs: sementes do novo.
Fonte: O Tempo


quarta-feira, agosto 19, 2009

O Amor é Essencial

Por: Joaquim Tiago


dou.tri.na

s. f. 1. Conjunto de princípios em que se baseia um sistema religioso, político ou filosófico. 2. Opinião em assuntos científicos. 3. Catequese cristã.[1]

Cristianismo Legalista

Este é um Deus do evangelho da graça. Um Deus que, por amar-nos, enviou, envolto em carne humana, o único Filho que jamais tivera. Seu filho aprendeu a andar, tropeçou e caiu, chorou por seu leite, transpirou sangue na noite, foi fustigado com acoite e recebeu muitas cusparadas, sendo preso à cruz e morrendo, não sem sussurrar perdão sobre todos nós.

O Deus do cristão legalista, por outro lado, é com frequência imprevisível, errático e capaz de toda sorte de preconceito. Quando enxergamos Deus dessa forma, sentimos compelidos a praticar algum tipo de mágica para aplacá-lo. O culto dominical passa ser uma apólice de seguro supersticiosa contra seus caprichos. Esse Deus espera que todas as pessoas sejam perfeitas e sejam a todo instante capazes de controlar sentimentos e pensamentos. Quando os dilacerados que detêm esse conceito de Deus fracassam – o que inevitavelmente o correrá -, em geral contam que serão punidos. Assim, perseveram nas práticas religiosas ao mesmo tempo que lutam por manter uma imagem oca de um eu perfeito. A luta em si exaustiva. Os legalistas nunca conseguem viver à altura das expectativas que projetam para Deus. (Mc 7.6-7). (MANNING. Meditação para Maltrapilhos, pg. 148).[2]


Conjunto de Princípios (Cl 1:15-20)


O conjunto de princípios não é simplesmente um conjunto de regras. O conjunto de princípios é um conjunto de origem e fundamento para qualquer regra.


Creio na revelação bíblica e também a vejo como um conjunto de valores fundamentais para minha vida e para vida da comunidade. Por esse conjunto que procuro dar rumo ao caminhar. Sem preconceito!


Sei também das várias formas de interpretações, regras e suposições existentes, onde mora o perigo dos desvios de conduta, dos desvios de orientações. Busco saber diariamente via Graça educadora do Senhor o que é perfeito, bom e agradável ao Senhor, como sacrifício vivo, culto consciente (Rm 12.1,2).


O principio fundamental para todas as coisas, questões ou frutos é o amor. Deus é amor (1Jo 4.16)! Creio que toda ação comunitária, e todo exercício dos dons relatados pelo apóstolo Paulo na primeira carta aos Coríntios (1Co 12) e também na carta aos Efésios (Ef 4.11) é tudo fruto de uma boa consciência que por sua vez é fruto do amor. Amor procedente de um coração puro (1Tm 1.5).


Para compartilhar da identidade do Pai Eterno e seus princípios esforçarei-me exercitando o amor. A ação motivadora para todas as coisas é o amor - A Deus e ao próximo (Mt 22.37-39). É um principio delineador de conduta, de valores contra o eu.


Assim o que podemos fazer na vida e na comunidade é pensando no outro, no relacionamento (espiritual), construindo valores fundamentados em boas obras. Essa ação requer renuncia. Sei que fui convocado para ser discípulo e ensinar (testemunhar) a guardar todas as boas coisas (Mt 28.19,20). É a vida de Cristo me ensinando como o homem deve ser. Já não vivo mais ou não vive mais o eu, mas Cristo vive em mim (Gl 2.20). É a luta entre o espírito e a filia (doença) dos sentidos carnais, entre o ego e a cruz (Gl 5.16-18).


Não serei mais escravo, posso não querer determinadas coisas por amor a Deus e ao próximo. Esses são princípios que regem a vida, assim luto para manter a fé e a boa consciência (1Tm 1.19).


Os valores (espirituais) que regem agora os princípios esta presente na vivência onde compartilho com outras pessoas boas obras em cada lugar e em cada coisa (1Co 2.14,15). Os valores de toda comunidade de discípulo do Mestre só podem ser baseados em princípios bíblicos; revelados. Todos são alcançados integralmente por bons frutos - dando liberdade e trazendo libertação aos encarcerados.


Por isso o Apóstolo Paulo escreve na maior parte de suas cartas exortações às igrejas, corrigindo várias questões, onde a comunidade fugiu aos princípios elementares. Exageraram e faltaram com boa consciência entre as pessoas. Por muitas vezes o Apóstolo tinha que voltar ao “leite espiritual” porque o povo não amadurecia (1Co 3.1-3). O corpo ficava prejudicado com pessoas fracas e doentes. As pessoas não sabiam mais discernir a si próprio (1Co 11.17-34).


Para chegar a uma sábia conclusão é valido pensar em uma das sete cartas direcionadas as igrejas da Ásia pelo Apóstolo João que se encontra no livro do Apocalipse. A carta à igreja de Éfeso (Ap 2:1-7), principal comunidade local, é uma séria advertência, por não dizer fatal para o corpo. Éfeso é uma comunidade boa e zelosa com trabalhos árduos e perseverantes contra os falsos apóstolos, impostores que abusam da boa fé. Porém havia abandonado o ESSÊNCIAL! Essencial para junta dos membros (Ef 4.14-16): O primeiro amor (Ap 2.4)!


Por vezes somos levados por vento de princípios que nos faz esquecer do Cristo; o que se entregou. Para nós discípulos do Mestre o maior valor cultivado é perder a própria vida para que Cristo seja agora a nova vida (Mt 10.39). Ficamos tentando ganhar o que já não tem mais sentido, esses são princípios do sistema perverso dominado pelo anti-Cristo, deste tempo (hipermoderno[3]) de egoísmo e individualismo.




[1] Dic Michaelis - UOL

[2] MANNING, Breannan. Meditações para Maltrapilhos. SP: Ed. Mundo Cristão

[3] Hipermodernidade é o termo criado pelo filósofo francês Gilles Lipovetsky para delimitar o momento atual da sociedade humana. O termo “hiper” é utilizado em referência a uma exacerbação dos valores criados na Modernidade, atualmente elevados de forma exponencial.

A Hipermodernidade é caracterizada por uma cultura do excesso, do sempre mais. Todas as coisas se tornam intensas e urgentes. O movimento é uma constante e as mudanças ocorrem em um ritmo quase esquizofrênico determinando um tempo marcado pelo efêmero, no qual a flexibilidade e a fluidez aparecem como tentativas de acompanhar essa velocidade.

Hipermercado, hiperconsumo, hipertexto, hipercorpo: tudo é elevado à potência do mais, do maior. O termo Hipermodernidade como idéia de exacerbação da Modernidade surgiu em meados da década de 70 e ganhou destaque em 2004 graças ao estudo de autores franceses e ao livro “Os tempos hipermodernos” do próprio Lipovetsky.

terça-feira, agosto 18, 2009

O outro lado

Por: Paulo Brabo

– No princípio – disse rabi Jochanam – você reza por prosperidade, esperando que todos os desejos sejam realizados. Depois de algum tempo você passa a rezar para ser feliz, porque percebe que a felicidade não tem qualquer relação com a realização de desejos. Você passa então a rezar pela felicidade dos outros, porque percebe o quanto a vulnerabilidade dos outros o deixa vulnerável. Mais tarde você passa a rezar por coragem, porque entende que a felicidade talvez não faça bem a ninguém. Por último você pára de rezar, porque compreende que a única coragem que conta é a que diz respeito apenas a você. Neste ponto você chegou aos portões da fé, sem saber o que o espera do outro lado.

– Os santos são os que alcançam esse portão - entendeu rabi Yosef.

– Os santos são os que encontram-no fechado – disse rabi Jochanam.

Fonte: http://www.baciadasalmas.com/

Crime existencial


por Ariovaldo Ramos

Em Gn 3:15, Deus faz uma afirmação, da qual, nem sempre, nos damos conta: de que a inimizade da serpente seria para com a mulher.


A serpente configurava Satanás e a mulher configurava a Igreja, que traria Cristo ao mundo.


Mas, para além das configurações, que falam do enfrentamento da Igreja do Antigo e do Novo Testamento para trazer o Cristo, primeira e segunda vez; nesse texto, Deus reinventa a maternidade. O que era, apenas, a forma como nos multiplicaríamos, passou a ser a única esperança da humanidade. Duma gravidez especial viria o salvador. Toda a esperança da humanidade repousava no útero de uma mulher.


Mas a mulher pagaria um alto preço, teria como seu inimigo o anjo rebelde.


Os homens entrariam nessa briga por serem descendentes da mulher. Mas, a briga principal era com ela, para impedir a vinda do ungido.


Talvez, isso explique porque a vida da mulher tem sido um inferno em todas as culturas. Os homens, que deveriam ser aliados das mulheres, protegendo-as dos ataques do maligno, mudaram de lado e colaboraram com essa caçada por tempos perdidos na memória.


De todas as manifestações dessa tentativa de destruir a mulher, fazê-la prostituta, talvez, seja a pior. E, às vezes, se faz isso dentro do casamento, porque prostituição é mais do que troca de sexo por dinheiro, é o aviltamento da mulher – há culturas onde isso está institucionalizado por meio do harem - em outras pela poligamia – noutras pela permissão velada a profusão de amantes ou aventuras. E, também, se faz isso quando a mulher é convencida que sem sexo não há relacionamento possível.


Em qualquer tipo de prostituição a mulher não conta como ser humano, apenas como fonte de satisfação masculina: quanto mais serviçal, melhor! Ela não existe mais! O que existe é o macho em sua volúpia querendo satisfação plena e sem questionamento. E a única razão da existência da fêmea se sustenta em sua capacidade de dar prazer ao macho. Ela não vale pro si, vale por ele.


A gente não combate a prostituição como pecado moral, combate-a como crime existencial, porque a alma da mulher é devorada e o que resta é a sua capacidade de satisfazer a uns e enriquecer a outros: homens que a usam e exploram a seu bel prazer.


Os Céus revoltam-se, a prostituição amesquinha a mulher e insulta a Deus, que, com a mulher, fez um pacto especial, fazendo dela a portadora da esperança da humanidade, não só por trazer o Cristo, mas por ser, na maternidade que carrega no coração, a certeza de que Deus continua investindo na humanidade.



PS – Parabéns a missão "um clamor por Niterói" em Niterói, no combate à prostitução na cidade.

Fonte: http://www.irmaos.com/ariovaldoramos/artigos?id=2942

sábado, agosto 15, 2009

“Filosofia Primeira”




por: Alexandre Marques Cabral


A palavra teologia vem da conjugação de TÉOS e LÓGOS, dois termos gregos. Poder-se-ia dizer que teologia é todo discurso acerca de Deus. Assim, por exemplo, foi denominado por Aristóteles em seu livro “Filosofia Primeira”, que hoje conhecemos com o nome de metafísica. Para Aristóteles o TÉOS seria objeto de pesquisa da maior de todas as ciências: a ciência do ser enquanto ser – esta que hoje denominamos de metafísica. Portanto, para ser estagirita – Aristóteles, a metafísica, ou seja, a filosofia primeira, é sinônimo de teologia. (...)