sexta-feira, novembro 28, 2008

O grito que ecoou em Novembro

Choveu muito neste novembro! O que trouxe a chuva para nós?
Bom, além de molhar (bem) a terra, as flores e produzir estragos em alguns lugares alagados que comprovam os fatores climáticos extremos provocados pelo aquecimento global, existe sempre algo a mais. Chuva é água e água é vida (ou morte) para os seres. Água é esperança de dias melhores como o de pétalas vermelhas em seu sublime desabrochar, “matar” a sede, aliviar o calor, hidratar os poros e muito mais.
Novembro de 2008 esta acabando, esta terminado os dias de um mês vermelho para nós, só podia, como já dizia o poeta: “O tempo não para!” . Mas deixará boas lembranças, alegrias e o sonho que novamente renasce como o sol em nossas vidas.
Lembro-me (ainda) quando tudo começou, a decisão prevendo em novembro o nascimento da comunidade, ou na verdade se formularia o que já estava vivo em nossos corações (ações). O que parecia ser uma mistura de ingenuidade com vontade. Fé e coragem, nos levou ao aprendizado de um inesperado caminho que se forma a cada dia, a cada momento. E dentro deste caminho o mais importante nasceu, a grande família, aos laços da poesia onde Cristo é presente, a presença do Filho, o Cabeça do Corpo e nós membros uns dos outros. Somos dissidente de odres velhos (saco de couro para levar vinho), de outras tribos, ou mesmo tribalistas, mas não queremos ser apenas parte de contexto, mas parte do corpo verdadeiro, da verdade, vida e caminho.
Somos um grito, porque primeiro o ouvimos chamar, no meio de uma era de incertezas, medo, crises, pessimismo. O que nos chamou continua nos convidando ao arrependimento, a uma nova vida. Ou vida nova? O que faz a diferença mesmo é viver a mesma vida com o novo significado de ser.
Ele gritou na cruz o amor ao mundo de seu Pai, ele foi um o grito de amor que ecoa e que morreu em meu lugar. Para apóstolo como para mim, ninguém tem maior amor do que esse, o de entregar a sua própria vida em favor dos seus amigos. Esse é o grito que ecoou aqui em Novembro! Vermelho pelo teu sangue Jesus!
Esse é um grito que não vai parar!

Agradecemos aos ministérios e amigos:
Avalanche;
Caverna de Adulão;
Impacto Urbano;
Milícia;
Metanoia Fest;
Tribal Generation;
Amigos, amigos e amigos!

quarta-feira, novembro 12, 2008

Por uma questão sócio-ambiental

E louvou aquele senhor o injusto mordomo por haver procedido prudentemente, porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz.(Lc 16.8)

Essa é uma questão para cristão ficar se envolvendo?
Trágico se não fosse cômico esta diante dessa questão inicial para podermos depois pensar na outra que é séria. Essa é então mais uma das questões que teremos de resolver em nós.
Não é da prática cristã e principalmente em nossa região envolver-se com assuntos tão "complicados". Geralmente o que mais nos preocupa é ir embora morar no céu ou mesmo a tão valiosa maneira de ganhar a vida através de uma barganha com Deus. Apegado aos meios e fica-se somente nos meios porque já não preocupamos tanto com o fim de tudo, ou como dizem: "Os fins justificam os meios". Que fim?
Queremos nos salvar daquilo que sempre nos aflige, o medo e a ganância, que é o medo de ficar "pobre". E ainda temos toda uma agenda e programação para cultuarmos. A agenda vem carregada com ideal de termos o maior número de pessoas possíveis ajuntadas. Com tudo isso e mais um pouco de vida "pessoal" não temos tempo para pensar o que vai ser do mundo e da nossa cidade se continuarmos da mesma forma: poluindo e sendo consumidores de poluentes. No mais saímos com aquela: "Isso é responsabilidade das ‘autoridades’ dos ‘governantes’, dos ambientalistas" e um monte de outras desculpas.
Porém, se nos considerarmos cristãos de fato, de ação, essa é uma questão e responsabilidade nossa! Sim, e não podemos fugir fazendo de conta que somos de outro planeta, de outro mundo.
O que é um cristão? Um cristo menor, seguidor de Jesus Cristo e mordomo dessa terra .
Jesus Cristo nosso mestre quando veio disse: "(...) eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância." (João 10 : 10). O que é ter abundância de vida, ou vida plena? É ter uma vida completa, ou completada as necessidades do homem todo. O medo e a ganância nos afastam um dos outros e alimenta o egoísmo, o egoísmo nos faz incompleto e incompleta o mundo! Isso é tudo que um cristão de fato e ação não é e nem pode ser.
Hoje a natureza sofre e muito por que aprendemos a explorar para uns poucos sem pensar nos outros, no próximo ou no futuro dos nossos pequeninos. Consumimos desenfreadamente fazendo o mercado produzir e explorar. Não nos completamos e comungamos como cristãos em corpo por pensarmos somente em nossa satisfação pessoal. Não reciclamos, não poupamos e fazendo assim o pão já não é nosso e sim de alguns.
A terra esta mal dividida e milhares já não tem onde plantar, alguns já não tem a mais água para beber, alguns já não tem mais ar para respirar. O progresso destrói e no fim quem vai ter barcos salva vidas quando tudo afundar?
Secas, selvas transformadas em pastagens, rios transformados em esgotos, desnutrição, pestes como a dengue, e nossa resposta diante de toda essas tragédia não pode ser cada um que se cuide. Jesus Cristo não ensinou assim!
Por isso nada mais viável do que pensarmos a questão sócio-ambiental, ela faz parte de nossa ação como responsáveis cuidadores dessa terra, é parte integral da nossa vida cristã. Não pretendemos cuidar de um mundo que se traduz em um sistema de mentiras, corrupção e morte. Estamos sim pretendendo cuidar do que o Pai nos deu, a terra e sua natureza formosa, essa que supre e nos da o pão nosso de cada dia.
Cuidar da terra é ser adorador, é ser mordomo e aprender a servir. Saber que existe um ciclo sagrado da semente que cai e morre para poder nascer novamente e se multiplicar levando vida a muito mais pessoas. O ciclo é completo pela água, pelo ar, pela terra, por aquele que plantou e colheu. A colheita vai ser sempre uma festa onde podemos repartir e dividir na mesa da ceia, na mesa da vizinhança, na mesa onde o suco da uva se mistura a massa do pão, do corpo presente onde há realmente vida. Assim somos todos transformados em alegria e amor. Nesse meio não existe preguiça, comodismo, medo, soberba e egoísmo, tudo é combatido com a fé.
Você também foi chamado para ser parte desse corpo, da grande comissão. Comece a se questionar, qual é o papel desenvolvido pôr você que se considera cristão diante do quadro sócio-ambiental da sua casa, vizinhança, cidade e planeta. Podemos pensar alternativas e mesmo em nosso pequeno meio sermos mais coletivos e menos individuais, combatermos esse egoísmo, esse medo e essa ganância. Sermos mais pró vida e menos pró morte da vida. Amém!

Joaquim Tiago – Bill